“É fácil criar filmes eróticos para mulheres”, diz sexóloga

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A revista erótica Separée acendeu a discussão sobre a relação do público feminino com o sexo (iStock)
A revista erótica Separée acendeu a discussão sobre a relação do público feminino com o sexo (iStock)

Para a sexóloga Ann-Marlene Henning, o importante não é conhecer muitas posições sexuais, como afirmam revistas femininas. "Na verdade, duas ou três são suficientes, se elas lhe levam a sentir alguma emoção", diz.

Nascida na Dinamarca, Henning se mudou em 1985 para Hamburgo, onde trabalha há anos como terapeuta sexual. Em 2012, ela lançou o livro de educação sexual Make Love , e, desde 2013, apresenta o programa de TV Liebe Kann Man Lernen (em português, O amor pode ser aprendido).

Em entrevista à Deutsche Welle, emissora alemã para o exterior, a especialista destaca que atualmente o tema sexo é discutido abertamente na TV, em livros e em revistas, como a Separée – publicação erótica voltada ao público feminino, lançada em 2014 na Alemanha e na Áustria. Apesar disso, as pessoas frequentemente ainda têm dificuldade em falar sobre sexo, em particular as mulheres, que muitas vezes "não se conhecem o suficiente".

Deutsche Welle: Por que é tão difícil produzir filmes, livros ou revistas eróticas, como a Separée, para mulheres?

Ann-Marlene Henning: Isso não é nada difícil! Mulheres têm imaginação fértil e não é preciso muito para que um filme desperte sua mente. Por exemplo, Cinquenta Tons de Cinza – talvez não seja do gosto de todos, apesar disso, sua lembrança provoca emoções em muitas pessoas. As mulheres se excitam facilmente. O seu corpo está predisposto.

DW: Como terapeuta de casais, o que você já vivenciou no consultório?

DW: Nunca se falou tanto sobre sexo como agora. Não existe hoje nada mais importante do que discutir o tema publicamente?

DW: Então, o principal problema está na falta de comunicação e abertura?

DW: Deixemos o aspecto psicológico de lado por um momento. Um estudo aponta que os alemães só usam, em média, duas a três posições... há um conservadorismo?

DW: Milhões de pessoas leram a série Cinquenta Tons de Cinza . A revista erótica Separée [voltada para o público feminino] tem uma tiragem de 20 mil exemplares na Alemanha. Existe uma discrepância entre as expectativas femininas e a realidade?

DW: Que problemas surgem quando uma mulher constata que sua vida sexual não é tão emocionante e satisfatória como as das protagonistas de livros ou filmes?

DW: As pessoas ficaram mais abertas nos últimos anos, por meio da presença constante do sexo em todas as suas variações?

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