Vendavais afetaram 6,7 mil hectares de milho na região da Grande Dourados
Siga-MS indica que ventos intensos resultaram no tombamento do milho no Estado e os agricultores prejudicados enfrentarão desafios na operação de colheita
Dados do mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) revelam que os vendavais registrados de 12 de agosto a 12 de setembro em território sul-mato-grossense afetaram 6,7 mil hectares de milho segunda safra na Grande Dourados.
A publicação divulgada na terça-feira (19) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho) aponta que a colheita entrou na reta final e até o dia 15 de setembro as máquinas avançaram por aproximadamente 2,037 milhões de hectares, o que equivale a 87,6% da área semeada nesse ciclo, de 2,325 milhões de hectares.
No entanto, é mencionado que os ventos intensos registrados de 12 de agosto até 12 de setembro resultaram no tombamento do milho no Estado e os agricultores prejudicados enfrentarão desafios na operação de colheita.
“Dependendo da intensidade do vento, o dano pode resultar no tombamento total das plantas. Nesse cenário, a plataforma de colheita do milho não opera de maneira eficiente, o que leva à necessidade de processamento ou até mesmo à colheita manual. Diversos produtores têm escolhido fazer ajustes usando molinetes, com o objetivo de erguer as plantas, ou, em algumas situações, optam por substituir a plataforma de milho pela de soja”, explica o Siga-MS.
Até o dia 15 passado, houve a constatação de 6,7 mil hectares afetados em quatro municípios da região da Grande Dourados. Foram aproximadamente 4.141 hectares em Itaporã, 2.150 hectares em Caarapó, 300 hectares em Dourados e 120 hectares em Rio Brilhante.
Fora dessa microrregião, os vendavais também provocaram o tombamento de milho em 700 hectares no município de Costa Rica, 650 hectares em Ponta Porã, 75 hectares em Dois Irmãos do Buriti, 440 hectares em Aral Moreira, 242 hectares em Amambai, e 100 hectares em Terenos.
“Em média, cerca de 62% da área de cada propriedade resistiu ao impacto, mas é importante observar que algumas propriedades sofreram danos em sua totalidade”, informa o Siga-MS, que ainda está em campo coletando informações junto aos produtores e não descarta que a extensão do dano possa ser ainda maior do que a inicialmente estimada.