TRE põe força-tarefa contra compra de voto em MS
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) vai usar todo efetivo da Polícia Federal para coibir compra de votos em Campo Grande e no interior de Mato Grosso do Sul. Além de 600 agentes federais, a força-tarefa será integrada pelas polícias civil e militar do Estado - o contingente não foi revelado. "Existem efetivos com rondas durante a noite e madrugada, apurando qualquer movimento ou aglomeração suspeita", disse nesta sexta-feira, 24, o desembargador João Marias Lós, presidente do tribunal.
A compra de votos aparece em terceiro lugar nas denúncias de crimes e infrações recebidas pela Justiça Eleitoral. Foram 70 denúncias de abordagem de eleitores com oferta de dinheiro ou bens, mas os casos tiveram pouca repercussão. O tribunal recebeu ainda 120 denúncias de irregularidades na propaganda eletrônica e 87 de colocação irregular de cavaletes ou cartazes. "As apurações continuam e, se comprovado qualquer ato irregular, haverá punição", disse Los.
O superintendente da PF, Edgar Marcon, disse que a maioria das denúncias acaba se revelando inconsistente. "Estamos em alerta, mas existem muito boatos sobre compra de votos e outros tipos de ações nessa reta final." Em alguns casos, os agentes federais abordaram e detiveram pessoas suspeitas, mas não houve comprovação da conduta ilegal.
Raio
O TRE-MS teve de remanejar de última hora quatro seções eleitorais que funcionavam na Escola Municipal José Dorileo, em Campo Grande, depois que um raio atingiu o prédio, durante um temporal, quinta-feira (23). O telhado de uma sala de aula despencou e feriu duas crianças. A votação, no domingo (26), foi transferida para a Escola Professora Leira, no Jardim Colibri.