Siga-MS indica que atraso na colheita do milho afetou aplicação de corretivos

Levantamento indica que os municípios com atrasos substanciais na operação são Bonito, Guia Lopes da Laguna, Jardim e Maracaju

  • André Bento
Aproximadamente 2,199 milhões de hectares de milho já foram colhidos (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)
Aproximadamente 2,199 milhões de hectares de milho já foram colhidos (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)

Boletim Casa Rural divulgado nesta terça-feira (3) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho) aponta que aproximadamente 2,199 milhões de hectares de milho segunda safra 2023 foram colhidos até o dia 29 de setembro.

Elaborada pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), a publicação detalha que isso corresponde a 94,6% da área cultivada nesse ciclo produtivo, de 2,199 milhões de hectares. A região tem os trabalhos mais avançados, média 100%, enquanto a região centro tem 98,0% e a região sul 92,7%.

O agronegócio sul-mato-grossense mantém a estimativa de produtividade média de 80,33 sacas por hectare, resultando em uma expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas do cereal.

Atrasada em uma semana na comparação com a 2ª safra 2021/2022, considerando os dados de 29 de setembro, a colheita do milho segunda safra afetou a aplicação de corretivos, conforme o Siga-MS. “Atualmente, muitos produtores estão finalizando essa operação”, pontua.

Os municípios com atraso substanciais na operação são Bonito, Guia Lopes da Laguna, Jardim e Maracaju, este último o maior produtor sul-mato-grossense de soja e milho.

Sobre os ventos intensos registrados de 12 de agosto a 12 de setembro, o Siga-MS aponta como resultado o tombamento do milho em Mato Grosso do Sul. “Finalizado o levantamento, constatamos que cerca de 8.198 hectares foram afetados no estado, em 43 propriedades. Em média, cerca de 62% da área de cada propriedade resistiu ao impacto, mas é importante observar que algumas propriedades sofreram danos em sua totalidade”, revela.

Quanto ao mercado interno do cereal, é apontada valorização de 1,45% no preço da saca entre os dias 22 de setembro e 2 de outubro, negociada ao valor médio de R$ 39,38 no fim desse período de análise.

O valor médio para o período, de R$ 39,38 por saca, representou queda de 45,18% em relação ao valor médio de R$ 71,83 no mesmo período de 2022.

Por fim, o boletim Casa Rural menciona levantamento realizado pela Granos Corretora para informar que até 2 e outubro o agronegócio sul-mato-grossense já havia comercializado 47,16% do milho 2º safra 2023, que representa 3,04 pontos percentuais abaixo do índice apresentado em igual período de 2022.

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