Servidor público de MS luta para rever filho que ex-mulher levou para os EUA

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Servidor público de MS luta para rever filho que ex-mulher levou para os EUA

Separado há quatro anos, um servidor público de 43 anos sofre com a ausência do filho, que não vê deste dezembro de 2013. No começo deste ano o pai se deparou com a notícia de que o menino, de 6 anos, estava no EUA (Estados Unidos da América) com a mãe, sem sua permissão.

Para conseguir tirar a criança do país, a ex-mulher chegou a falsificar a assinatura do pai que só descobriu que o filho não estava morando no Brasil por uma foto no Facebook.

“Ela falsificou minha assinatura, até meu RG e meu endereço estão errados no documento e ninguém sequer me ligou para verificar”, afirma e completa, “desde que descobri estou fazendo de tudo para encontrar meu filho, mas ninguém faz nada”.

O servidor diz que a mulher e o filho moravam em Ji-Paraná, município do Estado de Rondônia, e em maio de 2013, durante uma visita ao menino, descobriu que a ex havia viajado para fora do país e deixado a criança com a irmã mais velha, fruto de um relacionamento anterior.

“Encontrei meu filho sujo, cheio de piolho e com fome, não pensei duas vezes, o trouxe comigo, antes de fazer isso passei na delegacia e registrei um boletim de ocorrência e assim que cheguei a Campo Grande fui ao Conselho Tutelar, onde me deram um termo de responsabilidade”, relata.

Assim que a mãe do garoto descobriu, voltou ao Brasil para buscar o filho. “Ela registrou um boletim de ocorrência contra mim, quase fui preso, mas entreguei nosso filho para ela. Depois disso, ela praticamente cortou a minha comunicação com ele, eu precisava ligar para o conselho tutelar de Ji-Paraná e reclamar para conseguir falar”, ressalta.

“Em dezembro eu devia ir buscar meu filho. O combinado é ou em dezembro ou janeiro, para bater com as minhas férias, mas ela pediu para eu não ir, depois disso perdi o contato com eles, ligava, mandava email, mas não tinha jeito”, diz.

Ainda conforme o pai, ele só descobriu sobre a viagem após um amigo mostrar uma foto do filho no Aeroporto Internacional de Orlando. “Minha indignação é ela ter sumido com ele e eu nem saber como ele está. Isso que ela fez é sequestro, tenho medo de ele não voltar, de nunca mais ver ele”, confessa o pai, visivelmente abalado.

Segundo o servidor público, ele já entrou com um processo na PF (Polícia Federal) de Campo Grande e que foi transferido para a delegacia de Ji-Paraná. “Entrei com processo na Acaf (Autoridade Central Administrativa Federal), mas eles me pediram para localizar meu filho, já tentei de tudo, não sei mais o que fazer. Pedi a guarda dele, mas agora em outubro, mesmo com todas as provas que tenho, perdi para minha ex”, conclui.

Polícia Federal

De acordo com a Polícia Federal em Campo Grande, o órgão auxilia a registrar o boletim de ocorrência, a verificar a falsificação da assinatura, para juntar provas. Segundo a assessoria da PF, o correto seria a transferência do caso para o Ministério das Relações Exteriores, que tem maior autonomia para interferir nos Estados Unidos.

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