Prazo estendido para Mato Grosso do Sul plantar soja termina

Alteração do calendário de semeadura da oleaginosa foi autorizada pelo Ministério da Agricultura após pedido da Famasul e Aprosoja-MS

  • André Bento
Atraso no plantio da soja pode impactar janela de semeadura do milho segunda safra (Foto: André Bento)
Atraso no plantio da soja pode impactar janela de semeadura do milho segunda safra (Foto: André Bento)

Encerrou no sábado (13) o prazo estabelecido pelo Ministério da Agricultura para Mato Grosso do Sul concluir o plantio da soja safra 2023/2024. A alteração do calendário de semeadura que terminaria em 24 de dezembro ocorreu por força da Portaria SDA/Mapa nº 980/2023, publicada no dia 27 daquele mesmo mês.

Essa norma atendeu pedido da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e da Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho), que apontaram cenário desfavorável ao desenvolvimento da cultura devido ao excesso de calor, com registros de temperaturas recordes e a escassez de chuvas, resultando em períodos de veranicos.

No mais boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), datado de 9 de janeiro, foi apontada a conclusão do plantio da soja em território estadual com atraso de três semanas, porém houve menção a áreas em processo de replantio.

A publicação detalha replantio em 2,51% da área estimada, totalizando cerca de 107.194,24 hectares, a maior parte na região oeste, com aproximadamente 47.546,35 hectares replantados, seguido pelas regiões centro (25.107,10 hectares), nordeste (20.574,33 hectares), norte (11.427,00 hectares) e sul (2.539,46 hectares).

Embora a semeadura da cultura da soja fosse concluída historicamente na primeira semana de dezembro, o clima não colaborou nesse ciclo produtivo até meados de novembro. “Até 27 de outubro, tínhamos 45,5% da área plantada, enquanto a média histórica para este período é de 57,4%, ou seja, mais da metade deveria estar plantada. Apesar da escassez de chuvas, o produtor, que já havia adquirido insumos, foi compelido a iniciar o plantio em novembro”, esclareceu o Siga-MS.

Com esse atraso no plantio da soja, um dos impactos é a redução da janela de semeadura do milho da 2ª safra de 2023/2024, possibilitando a redução da área do cereal.

No entanto, com 89,3% das lavouras em boas condições, 10% regulares e apenas 0,7% ruins, o Siga-MS mantém a estimativa de que sejam cultivados 4,265 milhões de hectares de soja na safra 2023/2024, com produtividade média de 54 sacas por hectare e produção total de 13,818 milhões de toneladas.

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