Pesquisadores de universidade do MS desenvolvem sensor de tempestade

Aparelho emitirá alerta de raios antecedência, para preservar vidas e equipamentos

  • Correio do Estado
Professor Moacir Lacerda mostra o experimento (Álvaro Rezende/Correio do Estado)
Professor Moacir Lacerda mostra o experimento (Álvaro Rezende/Correio do Estado)

Basta chegar a primavera que a temporada de raios chega a Mato Grosso do Sul. A localização geográfica do Estado faz com que ele esteja na região que mais cai raios no País, que ficam no Sudeste e Centro-Oeste. As tempestades são formadas por causa das altas temperaturas em contato com a massa de ar fria que vem da Amazônia ou pelas frentes frias que chegam do sul.

Para compreender melhor sua incidência e usar isso a favor da sociedade, o doutor em física, Moacir Lacerda, 58 anos, criou com seus alunos de física e engenharia elétrica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), juntamente com um técnico de eletrônica, sensores de tempestades. “O nosso objetivo é evitar que o primeiro raio caia e provoque a morte de pessoas ou perdas materiais”, justifica.

Já na terceira geração de sensores, o aparelho está ganhando ares de tecnologia de ponta. Feito, inacreditavelmente, com uma leiteira de alumínio, que protege todo o sistema, ele transmite as informações do tempo a cada segundo, via rádio, celular, satélite e até pela internet 3G. Os aparelhos serão fundamentais para o Sistema de Alerta de Queda de Raios, que Moacir quer implantar no Laboratório de Ciências Atmosféricas da universidade no primeiro semestre de 2015. “Isso ninguém tem no mundo”, acrescenta.

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