MS começa a plantar milho segunda safra e colheita da soja avança
Siga-MS apurou que até 19 de janeiro foram semeados aproximadamente 39.924 hectares do cereal, enquanto colheita da soja atingiu 136 mil hectares
Mato Grosso do Sul começou a plantar o milho segunda safra 2023/2024 e até o dia 19 de janeiro havia semeado aproximadamente 39.924 hectares, menos de 2% da área estimada para esse ciclo produtivo, de 2,218 milhões de hectares.
Esses dados constam no mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), que estima a produtividade do cereal em 86,3 sacas por hectare, gerando a expectativa de produção de 11,485 milhões de toneladas.
A publicação aponta que o atraso na colheita da soja afetou a janela de semeadura do milho 2ª safra em Mato Grosso do Sul, o que pode desencadear problemas “pois algumas regiões possuem um risco elevado ao plantar fora da melhor janela de semeadura, que se concentra entre 13 de janeiro e 10 de março”.
“Eventos climáticos adversos, como estiagem, geada e queda de granizo, podem ocorrer e prejudicar a cultura. Portanto, é crucial que o produtor esteja atento ao zoneamento agrícola de risco climático e verifique o histórico climático da propriedade ou região antes de iniciar a semeadura. É altamente recomendável evitar o plantio tardio no estado, pois isso pode resultar em uma queda significativa na produtividade e um aumento nas infestações por cigarrinha”, pontua o Siga-MS.
No entanto, destaca que a operação de semeadura está adiantada para o período, pois produtores que não conseguiram semear a soja no tempo adequado já deram início ao plantio do milho.
Quanto à safra de soja 2023/2024, o Siga-MS apurou que aproximadamente 136 mil hectares foram colhidos até 19 de janeiro, pouco mais de 3% da área cultivada, de 4,265 milhões de hectares. Apesar das adversidades climáticas desse ciclo produtivo, segue mantida a estimativa de produtividade média em 54 sacas por hectare, gerando a expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas.
No entanto, o Siga-MS pondera que o volume de chuvas, especialmente no período que se estende do final de janeiro até o final de fevereiro, será o principal fator determinante da produtividade em todo o Estado, acrescentando que as primeiras áreas que foram colhidas na região nordeste indicam uma diminuição do potencial produtivo, variando entre 10 a 15 sacas por hectare.