MPF abre inquérito para apurar irregularidades apontadas pela CPI da Saúde em MS
O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul abriu Inquérito Civil Púbico para apurar as irregularidades apontadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde, que no ano passado investigou os repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) feitos aos municípios do Estado.
O inquérito foi aberto com o número 1.21.000.000113/2014-33. Além disso, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul recebeu ofício solicitando à presidência da CPI da Saúde que fornecesse ao órgão, de forma integral e digitalizada, o relatório final da Comissão e o voto em separado do deputado estadual Amarildo Cruz.
Conforme o deputado estadual Amarildo Cruz, que presidiu a CPI da Saúde em MS, a abertura do inquérito mostra que o MPF está fazendo sua parte e aprofundando as investigações iniciadas com a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia. “Tenho certeza que as irregularidades constatadas na investigação da CPI eram graves. Tínhamos vasta documentação comprovando esses fatos e, o MPF, como órgão fiscalizador, comprovou isso e decidiu pela abertura do inquérito”, destacou.
Desde a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito o deputado Amarildo Cruz declarou que iria apurar os fatos com responsabilidade e isenção. “Sempre disse que a CPI não acabaria em pizza e a prova está aí, com a abertura do inquérito do MPF”, salientou.
Confiante no seu trabalho, o deputado estadual Amarildo Cruz decidiu retornar aos 11 municípios investigações para fazer a prestação de contas à população dessas cidades. “Nunca antes houve uma CPI que prestou contas após o seu encerramento. Entendo que é fundamental mostrar às pessoas o que investigamos e quais foram às conquistas obtidas na saúde com essa investigação. Fizemos um raio-x nesse setor e estamos mostrando essa radiografia à sociedade sul-mato-grossense”, finalizou.
CPI da Saúde
A CPI foi a maior investigação já realizada na saúde de Mato Grosso do Sul. Em seis meses de trabalho mais de 100 pessoas foram ouvidas em 11 cidades do Estado. Mais de 70 mil páginas de informações foram catalogadas por uma equipe composta de 19 técnicos.
Todo o material da investigação foi encaminhado ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público Federal, Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Denasus, Governo do Estado e Ministério da Saúde. Ao final dos trabalhos o deputado Amarildo Cruz apresentou um voto em separado ao relatório final e pediu indiciamentos pessoas e a devolução de recursos públicos gastos indevidamente.