Mato Grosso do Sul já colheu 771 mil hectares de milho segunda safra

Com 91,6% das lavouras em boas condições, a produtividade média segue estimada em 80,33 sacas por hectare, resultando em uma expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas

  • André Bento
Agronegócio sul-mato-grossense cultivou 2,325 milhões de hectares de milho nesse ciclo produtivo (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)
Agronegócio sul-mato-grossense cultivou 2,325 milhões de hectares de milho nesse ciclo produtivo (Foto: Divulgação/Aprosoja-MS)

Levantamento do Siga-MS ((Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) informa que até o dia 11 de agosto foram colhidos aproximadamente 771.900 hectares de milho segunda safra em Mato Grosso do Sul.

Isso corresponde a 33,2% da área cultivada nesse ciclo produtivo, de 2,325 milhões de hectares. Com 91,6% das lavouras em boas condições, 7,1% regulares e apenas 1,3% ruins, a produtividade média segue estimada em 80,33 sacas por hectare, resultando em uma expectativa de produção de 11,206 milhões de toneladas.

Todos esses dados constam no mais recente Boletim Casa Rural, divulgado na terça-feira (15) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho).

A publicação detalha que essa porcentagem de área colhida na 2ª safra 2022/2023, encontra-se inferior em aproximadamente 15,70 pontos percentuais em relação à 2ª safra 2021/2022, para período equivalente. Na região norte, as máquinas avançaram por 44,5% da área, enquanto a região centro tem 38,2% e a região sul 29,6%.

Além de pontuar que a colheita “está progredindo lentamente” e que “produtores aguardam melhores preços para avançar com a operação”, o Siga-MS cita aumento da infestação do Sorghum halepense, também conhecida como capim-massambará ou vassourinha.

“Essa monocotiledônea da família Gramineae, originária da África, está causando problemas na entrega de cargas. É crucial que o produtor não permita o desenvolvimento do capim vassourinha em sua lavoura, pois a presença de sementes de espécies daninhas pode prejudicar a comercialização dos grãos, principalmente em contratos de exportação”, alerta.

Com relação ao mercado interno, o boletim Casa Rural informa que o preço da saca do milho valorizou 0,32% entre os dias 7 e 14 de agosto, foi negociada ao valor médio de R$ 38,63 no fim desse período.

“De acordo com as cotações disponíveis no site da Granos Corretora, as maiores valorizações no período ocorreram nos municípios de Dourados e Maracaju, com valorização na ordem de 3,90% e 1,30%, respectivamente”, menciona.

Já o valor médio para o período, de R$ 38,53/sc, representou queda de 43,97% em relação ao valor médio de R$ 68,76/sc no mesmo período de 2022.

Quanto à comercialização do cereal, o Siga-MS cita levantamento realizado pela Granos Corretora, segundo o qual até segunda-feira (14) o agronegócio sul-mato-grossense havia comercializado 34,89% do milho 2º safra 2023, que representa 2,59 ponto percentual acima do índice apresentado em igual período de 2022.

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