Mato Grosso do Sul entra na reta final da colheita do milho segunda safra 2023

Siga-MS aponta a região norte do Estado com a colheita mais avançada, média de 98,4%, enquanto a região centro tem 89,1% e a região sul 85,1%

  • André Bento
Agronegócio estima produtividade média de 80,33 sacas por hectare e produção total de 11,206 milhões de toneladas (Foto: Arquivo/Famasul)
Agronegócio estima produtividade média de 80,33 sacas por hectare e produção total de 11,206 milhões de toneladas (Foto: Arquivo/Famasul)

Mato Grosso do Sul entrou na reta final da colheita do milho segunda safra 2023 e até o dia 15 de setembro as máquinas avançaram por aproximadamente 2,037 milhões de hectares, o que equivale a 87,6% da área semeada nesse ciclo, de 2,325 milhões de hectares.

Com 87,2% das lavouras em boas condições, 10,4% regulares e 2,4% ruins, o agronegócio sul-mato-grossense mantém as projeções iniciais, de produtividade média de 80,33 sacas por hectare e produção total de 11,206 milhões de toneladas.

Todos esses dados constam no mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), que aponta a região norte do Estado com a colheita mais avançada, média de 98,4%, enquanto a região centro tem 89,1% e a região sul 85,1%.

Divulgada na terça-feira (19) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho), essa publicação aponta que a colheita atrasada deste ano afetou a aplicação de corretivos e atualmente muitos produtores estão finalizando essa operação.

Embora a porcentagem de área colhida na 2ª safra 2022/2023, encontra-se inferior em aproximadamente 10,0 pontos percentuais em relação à 2ª safra 2021/2022, para a data de 15 de setembro, na semana reecnte houve um avanço significativo nos trabalhos, diminuindo essa diferença em 7,8%.

“Nesta safra, tivemos o aumento da infestação do Sorghum halepense, também conhecida como capim-massambará ou vassourinha. Essa monocotiledônea da família Gramineae, originária da África, está causando problemas na entrega de cargas. É crucial que o produtor não permita o desenvolvimento do capim vassourinha em sua lavoura, pois a presença de sementes de espécies daninhas pode prejudicar a comercialização dos grãos, principalmente em contratos de exportação”, pontua o Siga-MS.

Quanto ao mercado interno, o boletim Casa Rural aponta valorização de 0,96% no preço da saca de milho entre os dias 11 e 18 de setembro, negociada ao valor médio de R$ 39,31 no fim desse período.

“De acordo com as cotações disponíveis no site da Granos Corretora, as maiores valorizações no período ocorreram nos municípios de Campo Grande, Sidrolândia e Maracaju, com valorização na ordem de 6,76%, 2,70% e 2,56%, respectivamente”, detalha, acrescentando que o valor médio para o período, de R$ 38,63/sc, representa queda de 46,00% em relação ao valor médio de R$ 71,53/sc no mesmo período de 2022.

Nesse cenário, segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, até 18 de setembro o agronegócio sul-mato-grossense já havia comercializado 44,80% do milho 2º safra 2023, que representa 5,40 ponto percentual abaixo do índice apresentado em igual período de 2022.

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