Homem acusado de matar investigador de polícia é condenado a mais de 28 anos de prisão
Foi condenado, em 28 anos e 9 meses de reclusão, o réu José Osmar Freitas acusado de matar o investigador de polícia judiciária José Nilvaldo de Almeida. O julgamento aconteceu nesta última sexta-feira no Tribunal do Júri de Iguatemi.
Durante o julgamento, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, representado pelo Promotor de Justiça Thiago Barbosa da Silva, titular da Promotoria de Justiça de Iguatemi pediu a condenação do réu pelo crime de homicídio qualificado com recurso que dificultou a defesa da vítima e pelo motivo torpe.
Já defesa, feita pela Defensoria Pública do Estado, representado pela Defensora Pública Renata Camila Correa Bravim, apresentou a tese de desclassificação da tentativa de homicídio para lesão corporal leve, bem como o afastamento da qualificadora do motivo fútil.
O Conselho de Sentença, por maioria dos votos, reconheceu a materialidade do crime, bem como reconheceu as qualificadoras.
Sendo assim, o réu José Osmar Freitas foi condenado pelo porte ilegal de arma de fogo, crime de furto, tentativa de homicídio e homicídio qualificado, o que totalizou a pena de 28 anos e 9 meses de reclusão.
Caso
No dia 28 de junho de 2015, por volta das 17h, no município de Tacuru-MS, o acusado José Osmar Freitas, utilizando de arma de fogo, calibre 38, efetuou vários disparos contra a vítima Leandro dos Santos Freitas, causando-lhe os ferimentos o que não lhe causou a morte pois não foi atingido em região fatal.
Apurou-se, ainda, que, na prática da tentativa de homicídio, o denunciado utilizou recurso que dificultou a defesa do ofendido, uma vez que sacou a arma de fogo e efetuou os disparos repentinamente pelas costas da vítima, no momento em que ela retornava para sua residência.
Segundo consta nos autos, a outra vítima, o Investigador de Polícia Judiciária José Nivaldo de Almeida, após perceber que o denunciado José Osmar Freitas estava armado e havia tentado assassinar a vítima Leandro, saiu de sua residência e deu voz de prisão ao denunciado.
Em ato contínuo, o investigador de polícia José Nivaldo tentou imobilizar o denunciado, oportunidade em que foi atingido por um disparo da arma de fogo atingindo-o na região do tórax.
A vítima José Nivaldo caiu, apoiando-se sobre os joelhos, momento em que o denunciado José Osmar Freitas efetuou outro disparo contra ela.
Por fim, apesar dos pedidos de misericórdia feitos pela vítima, o denunciado disse a ela “isto é para você aprender a não entrar na briga dos outros” e efetuou outros disparos, inclusive um contra a cabeça do ofendido, matando-o.