Em fase final, projeto visa recuperar o Taquari com manejo correto do solo

Área permanentemente encharcada do rio Taquari, sem a presença do homem.

  • Assessoria/GovernoMS
Foto: Silvio Andrade
Foto: Silvio Andrade

O projeto Capacitação para o Desenvolvimento Sustentável na Bacia Hidrográfica do Rio Taquari – ou apenas Projeto Taquari – está na terceira de quatro fases. A ação ataca as causas do assoreamento que há décadas sacrifica o leito do Taquari, entulhado por toneladas de sedimentos que se arrastam por quilômetros, desde sua cabeceira, até a planície pantaneira onde o rio deságua no Paraguai.

A primeira fase começou em 2017 com o envolvimento de órgãos públicos e privados dos 11 municípios cortados pelo rio Taquari: Alcinópolis, Camapuã, Costa Rica, Figueirão, Pedro Gomes, São Gabriel do Oeste, Sonora, Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, Corumbá e Ladário.

Feita a mobilização necessária, as ações da Meta 2 são mais específicas e mexem diretamente com as causas do problema. Desde maio deste ano são realizados os “Cursos para Recuperação de Áreas Degradadas”, que visam capacitar proprietários rurais para realizar ações de recuperação do solo com enfoque no manejo integrado de microbacias. Cada curso tem 20 vagas que são destinadas prioritariamente aos proprietários rurais, porém demais interessados podem assistir como ouvintes, conforme disponibilidade e infraestrutura local.

Os cursos já aconteceram em Coxim, Pedro Gomes, Alcinópolis e Camapuã e, ainda em agosto, nos dias 17, 24 e 31, serão realizados em São Gabriel do Oeste, Figueirão e Rio Verde. A participação nos cursos é gratuita. Os locais de realização e outras informações pertinentes estão divulgados no site do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), onde também é possível fazer o download do material didático.

Ainda vinculada a essa Meta, a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) desenvolve um trabalho de recomposição da mata ciliar, recuperação de áreas degradadas e implantação de 172 quilômetros de cercas para proteger as nascentes e encostas do rio. Em 27 pontos de erosão foram realizadas ações emergenciais de cascalhamento, compactação, recomposição das matas para impedir o surgimento de voçorocas. Em áreas mais inclinadas – que perfazem 8,6 mil hectares – foram executados serviços de terraceamento, técnica que permite mesclar cultivo e controle da erosão hídrica.

Paralelamente às ações da Meta 2, já começaram os trabalhos relativos à Meta 3. O primeiro passo foi o curso “Coleta de Sementes e Produção de Mudas para Viveiros”, com carga horária de 24 horas/aula, no período de 24 a 26 de outubro de 2017, no Viveiro de Mudas Florestais de São Gabriel do Oeste. O curso foi ofertado aos gestores municipais de Alcinópolis, Camapuã, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste e Sonora.

A quarta e última fase do Projeto Taquari compreende a realização de dois seminários técnicos com o tema “Recuperação de áreas degradadas com enfoque no manejo integrado da Sub-bacia Hidrográfica do Rio Taquari”, cujo objetivo é promover o intercâmbio de informações e experiências de recuperação de áreas degradadas e manejo integrado de microbacias como forma de fomentar a continuidade do processo de recuperação da Sub-bacia Hidrográfica do Rio Taquari. Os seminários estão programados para acontecer em novembro no dia 26, em Corumbá, e no dia 30, em Coxim.

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