Em 2019, mais de 90 mulheres foram vítimas de feminicídio em MS
74% das vítimas de feminicídio em MS não haviam denunciado eventuais crimes anteriores praticados pelos acusados.
![Nos casos analisados, a maioria dos filhos presenciou o crime - Foto: Pixabay](https://www.94fmdourados.com.br/uploads/timthumb.php?src=/https://www.94fmdourados.com.br/uploads/images/news/70583/c6c3797dfc129ab1342bafc89949c922.jpg&w=400&h=auto&a=c)
Foram feitas 96 denúncias de feminicídios em Mato Grosso do Sul só no ano passado. De acordo com levantamento feito pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, do Tribunal de Justiça, 26% das vítimas haviam registrado pedido de medidas protetivas contra o acusado, porém, nem todas as medidas estavam em vigor na época do crime.
Conforme o Tribunal de Justiça, 74% das vítimas de feminicídio em território sul-mato-grossense no ano passado não haviam denunciado eventuais crimes anteriores praticados pelos acusados.
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Os dados relevam que, nos casos analisados, a maioria dos filhos - crianças ou adolescentes - presenciou o crime, totalizando 57% das ocorrências.
O relatório aponta que em 42% dos casos, o agressor não aceitava o fim do relacionamento, em 41%, o motivo alegado era ciúme, e outros fatores completam os 18%.
A faca foi a arma mais utilizada pelos assassinos. Depois, aparece a arma de fogo (17), asfixia (10%), facão (4%), fogo (4%), pedaço de madeira (4%) e canivete (3%).
Conforme a juíza Jacqueline Machado, que respondeu pela Coordenadoria da Mulher do TJ-MS de 2017 a 2019, “a Lei nº 11.340/2006 – conhecida como Lei Maria da Penha, é uma das três mais modernas do mundo no combate a violência contra a mulher em razão de várias inovações, como as medidas protetivas de urgência, dispositivos que preveem a proteção da vítima e/ou de seus familiares”.