Documentário vai retratar história da violeira Helena Meireles

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O município de Bataguassu será um dos cenários utilizados em um documentário sobre a vida da violeira Helena Meirelles. O filme sobre “A Dama da Viola” deverá ser lançado no mês de setembro.

Os produtores Rogério Zanetti e Marcos Vareiro estiveram em Bataguassu durante três dias para captar imagens e depoimentos sobre a vida da artista.

Segundo o site Da Hora Bataguassu, o Distrito de Nova Porto XV foi um dos lugares escolhidos para captação das imagens. Naquela região, Helena Meireles passou grande parte de sua vida, tocando em festas, já que, Dona Helena, como era conhecida, é filha de Bataguassu.

Ela nasceu na antiga Fazenda Jararaca, no ano de 1924, logo após, se mudou para Nova Porto XV, onde morou muitos anos, e, depois, foi para Presidente Epitácio (SP). O filme, que vai contar com entrevistas e depoimentos de muitos artistas de Mato Grosso do Sul, terá como título “Flor da Guavira: Vida e Obra de Helena Meirelles”.

Biografia

Helena Meireles cresceu rodeada de peões, comitivas e violeiros. Fascinada pelas violas caipiras, a família não permitia que aprendesse a tocar, o que acabou fazendo por conta própria, às escondidas. Aos poucos ficou conhecida entre os boiadeiros da região. Casou-se por imposição dos pais aos 17 anos, abandonando o marido pouco tempo depois para juntar-se a um paraguaio que tocava violão e violino.

Separou-se novamente e, resolvida a tocar viola em bares e farras, deixou os filhos dos dois casamentos com pais adotivos e ganhou a estrada até encontrar o terceiro marido, com quem está junto há mais de 35 anos. Depois de desaparecer por mais de 30 anos, foi encontrada bastante doente por uma irmã, que a levou para São Paulo, onde foi "descoberta pela mídia" a partir de uma matéria elogiosa na revista norte-americana "Guitar Player".

Apresentou-se em um teatro pela primeira vez aos 67 anos, e gravou discos em seguida. Foi escolhida em 1993 pela Guitar Player como uma das "100 mais" por sua atuação nas violas de 6, 8, 10 e 12 cordas. Sua música é reconhecida pelas pessoas nativas do Mato Grosso do Sul, como expressão das raízes e da cultura da região.