Colheita da soja já avançou por 3,3 milhões de hectares em Mato Grosso do Sul

Siga-MS detalha que a região sul tem os trabalhos mais avançados, com média de 83,3%, enquanto a região centro tem 77,7% e a região norte 65,3%

  • André Bento
Mato Grosso do Sul tem produção estimada em 13,8 milhões de toneladas de soja (Foto: Aprosoja-MS)
Mato Grosso do Sul tem produção estimada em 13,8 milhões de toneladas de soja (Foto: Aprosoja-MS)

Boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio de Mato Grosso do Sul) aponta que aproximadamente 3,382 milhões de hectares de soja foram colhidos até o dia 15 de março. Isso representa 79,3% da área cultivada na safra 2023/2024, de 4,265 milhões de hectares.

Elaborada com base em contatos com produtores, sindicatos e entidades representativas do agronegócio sul-mato-grossense, além de visitas em lavouras, a publicação detalha que a região sul tem os trabalhos mais avançados, com média de 83,3%, enquanto a região centro tem 77,7% e a região norte 65,3%.

Apesar das adversidades climáticas que marcaram o início desse ciclo produtivo, com calor intenso e falta de chuvas, a produtividade média segue estimada em 54 sacas por hectare, gerando a expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas.

Divulgado na terça-feira (19) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) em conjunto com a Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho), o Boletim Casa Rural pontua que as informações preliminares municipais não interferem no levantamento de produtividade realizado pela equipe de campo.

“As revisões da produtividade estadual só serão realizadas quando o projeto atingir um nível significativo de amostragem da área de soja no estado de Mato Grosso do Sul”, explica.

De acordo com o Siga-MS, em território sul-mato-grossense foram identificados quatro níveis distintos de lavouras.

“As primeiras são as lavouras que provavelmente perderam entre 40% e 60% da área cultivada devido à estiagem. Em seguida, temos áreas bem estruturadas que, apesar das chuvas isoladas, apresentam uma produtividade menor devido à quantidade reduzida de vagens totalmente granadas e algumas vagens sem granação. A terceira categoria engloba é de áreas que, apesar do plantio tardio, foram favorecidas por chuvas até o final do ciclo de cultivo, resultando em uma produtividade de alto potencial. Por último, é composto por áreas que passaram por um replantio tardio, colocando sua produção em alto risco devido ao descompasso com o ciclo ideal de cultivo. Essa análise destaca a complexidade e os desafios enfrentados pelos agricultores no estado e a importância de estratégias de manejo adequadas para cada situação”, relata.

Também é mencionado levantamento realizado pela Granos Corretora, segundo o qual até 18 de março de 2024 o agronegócio de Mato Grosso do Sul já havia comercializado 38,01% da safra 2023/24 de soja, avanço de 2,01 pontos percentuais quando comparado a igual período de 2023 para a safra 2022/23.


Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.