Candidata a deputada federal planeja gastar 1000% a mais do que tem de patrimônio
Incoerência entre declaração de bens e limite de gastos causa surpresa entre candidatos
As eleições deste ano evidenciam uma série de incoerências que podem confundir a cabeça de eleitores desavisados. Um exemplo claro disso é o contraste entre o que alguns candidatos declaram possuir em bens e o que planejam gastar durante a campanha em busca do mandato eletivo. Esses dados são públicos, disponibilizados pelo Divulga Cand, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Dentre os casos que mais chamam a atenção, há o de Tereza Cristina Corrêa da Costa (PSB). Candidata a deputada federal, a ex-secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur) declarou possuir R$ 10 mil em bens.
Essa informação prestada à Justiça Eleitoral causou surpresa. Reportagem publicada na página 4 da edição desta segunda-feira (28) do Jornal Correio do Estado destaca que a declaração de bens dos candidatos é ‘faz de contas’.
No caso específico de Tereza Cristina, o matutino ressalta que ela é parte da tradicional família Corrêa da Costa, inserida no próspero negócio dos leilões rurais. Além disso, pontua que a candidata recebia R$ 21,3 mil por mês em salários pelo cargo que ocupava no primeiro escalão do Governo do Estado.
E as incoerências não param por aí. Não bastasse o ínfimo patrimônio, ela declarou limite de gastos de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) para campanha. Ou seja, na busca por uma vaga na Câmara Federal, a ex-secretária Tereza Cristina deve gastar 1000% a mais do que possui em bens.
Tereza declara possuir R$ 1.500,00 de quota de Capital na Empresa Mmt Nutrição Anima Ltda; R$ 6.378,96 na Cooperativa de Crédito Livre Admissão de Associados de Campo Grande e Região – SICRED; R$ 425,79 na Cooperativa de Crédito Livre Admissão de Associados de Campo Grande – SICRED; e R$ 2.056,23 em conta corrente no Banco do Brasil S/A.