Geada atingiu lavouras de milho, mas sem danos, diz Siga-MS

Boletim Casal Rural divulgado na terça-feira (20) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) apurou que lavouras de milho de sete municípios sul-mato-grossenses foram atingidas por geada ocorrida na madrugada entre os dias 15 e 16 de junho.

Foram afetados os municípios de Bonito, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhantes, Antônio João e Ponta Porã. No entanto, as equipes de campo do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) apuraram que essa ocorrência foi localizada e de baixa intensidade, não causando danos significativos que preocupassem os produtores.

Com 2,325 milhões de hectares cultivados e produtividade estimada de 80,33 sacas por hectare, o agronegócio estadual projeta uma produção de 11,206 milhões de toneladas nessa safra de milho, contudo, a perspectiva para a cultura ainda é incerta porque 54% da produção está fora da janela ideal de semeadura.

De acordo com o Siga-MS, isso aumenta o risco de danos causados por intempéries climáticas, como estiagem, geada e queda de granizo.

Quanto as constatações feitas na segunda semana de junho, o boletim Casa Rural indica que 91,6% estão em boas condições, 7,1% regulares e 1,3% ruins. Além disso, aponta que uma parcela significativa da produção encontra-se no estágio de desenvolvimento fenológico vegetativo.

Quanto às cotações, foi assinalado que a saca do milho em Mato Grosso do Sul valorizou 1,26% entre 12/06 e 19/06 e foi negociada ao valor médio de R$ 39,00 no final desse período.

Já o valor médio para o período, de R$ 40,05 por saca, representa queda de 46,87% em relação ao de igual período de 2022, quando estava em R$ 75,38.

Por fim, o documento cita levantamento realizado pela Granos Corretora segundo o qual até 19 de junho o agronegócio sul-mato-grossense havia comercializado 28,12% do milho 2º safra 2023, que representa 2,12 ponto percentual acima do índice apresentado em igual período de 2022.