Plantio da safra 2022/2023 de soja em MS já supera 2,5 milhões de hectares
Dourados já semeou mais de 70% dos 232.238,82 hectares de soja previstos, percentual semelhante ao de Itaporã, município vizinho que deve cultivar 92.935,72 hectares
Levantamento do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) indica que o plantio da safra 2022/2023 da soja já avançou por aproximadamente 2,589 milhões de hectares em Mato Grosso do Sul.
Isso representa 67,4% da área estimada para esse ciclo produtivo no Estado, de 3,842 milhões de hectares. Com 100% das lavouras em boas condições, a produtividade segue estimada em 53,44 sacas por hectare e a expectativa de produção em 12,318 milhões de toneladas.
Todos esses dados integram o boletim Casa Rural divulgado na terça-feira (1) por Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja) com base na apuração feita pelo Siga-MS até o dia 28 de outubro.
Apesar do otimismo com essa safra, as entidades representativas do agronegócio sul-mato-grossense informam que o avanço de 2,5% da área cultivada em relação ao ciclo passado (2021/2022) fica abaixo da média de crescimento por safra, que é de 7%, “diante do cenário dos preços elevados dos fertilizantes”, responsáveis por 25,49% das despesas.
Ainda de acordo com o boletim Casa Rural, Dourados já semeou mais de 70% dos 232.238,82 hectares de soja previstos. É um percentual semelhante ao de Itaporã, município vizinho que deve cultivar 92.935,72 hectares.
Quanto ao mercado interno, o Siga-MS pontua que o preço médio da saca de 60 quilos de soja registrou desvalorização de 1,92% entre os dias 24 e 31 de outubro, cotada ao valor médio nominal de R$ 172,56 na data final.
“De acordo com as cotações disponíveis no site da Granos Corretora, as maiores valorizações no mês, ocorreram nos municípios de Sonora, São Gabriel do Oeste e Maracaju, com valorização na ordem de 9,49%, 9,32% e 5,00% respectivamente”.
No entanto, o preço médio da saca no período foi de R$ 174,72, alta nominal de 8,58% no comparativo com igual período de 2021, quando estava cotada, em média, a R$ 160,91.
“Esse valor não significa que o produtor esteja realizando negociações neste preço, tendo em visto que a comercialização é gradativa”, esclarece a publicação.
Já em relação às vendas da oleaginosa, o boletim cita levantamento realizado pela Granos Corretora, segundo o qual até 31 de outubro de 2022 Mato Grosso do Sul já havia comercializado 20,00% da safra 2022/23, volume 12,45% inferior ao apurado em intervalo semelhante de tempo no ciclo anterior.