Mato Grosso do Sul colheu mais de 2 milhões de hectares de soja

Na regão sul, Siga-MS aponta 653.047,71 hectares cultivados, dos quais 2.539,46 foram replantados e 158.483,61 afetados pela estiagem

Área colhida corresponde a 48,4% do total cultivado nessa safra (Foto: Álvaro Rezende/Governo MS)
Área colhida corresponde a 48,4% do total cultivado nessa safra (Foto: Álvaro Rezende/Governo MS)

Mato Grosso do Sul colheu aproximadamente 2,064 milhões de hectares de soja até o dia 23 de fevereiro, equivalente a 48,4% da área total cultivada na safra 2023/2024, de 4,265 milhões de hectares.

Essa apuração foi feita pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), que aponta a região norte com os trabalhos mais avançados, com média de 50,1%, enquanto a região sul tem 50,0% e a região centro 42,6%.

Contidos no boletim Casa Rural divulgado nesta terça-feira (27) pela Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho), os dados indicam ainda que a produtividade segue estimada em 54 sacas por hectare, gerando a expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas.

As projeções foram mantidas apesar das adversidades climáticas que castigaram esse ciclo produtivo, coma a estiagem iniciada em setembro de 2023 que atrasou o plantio da soja. Além disso, a escassez de chuvas resultou em um ritmo lento de semeadura, que só foi concluída na terceira semana de dezembro do ano passado e mesmo antes do término da operação, já era necessário fazer replantios, que se estenderam até 13 de janeiro de 2024.

“Durante esse período de plantio e desenvolvimento fenológico, a maior parte da cultura foi prejudicada pela seca. Este problema foi exacerbado entre dezembro de 2023 e a primeira semana de janeiro de 2024. Além da falta de chuva, as altas temperaturas também contribuíram para agravar a situação”, detalha o boletim Casa Rural.

Na região sul, composta pelos municípios de Itaporã, Douradina, Dourados, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti, o Siga-MS aponta 653.047,71 hectares cultivados, dos quais 2.539,46 foram replantados e 158.483,61 afetados pela estiagem.

Contudo, a publicação diz que “as expectativas iniciais de produção, produtividade e área cultivada no estado de Mato Grosso do Sul permanecem inalteradas, uma vez que estão levando em conta um cenário de instabilidade climática”, acrescentando que “o volume de chuvas, especialmente no período que se estende do final de janeiro até o final de fevereiro, será o principal fator determinante da produtividade em todo o estado”.

Quanto ao mercado, o boletim Casa Rural menciona levantamento realizado pela Granos Corretora segundo o qual até segunda-feira, dia 26 de fevereiro de 2024, o agronegócio sul-mato-grossense já havia comercializado 33,45% da safra de soja 2023/24, avanço de 2,33 pontos percentuais quando comparado a igual período de 2023 para a safra 2022/23.

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