Empresários de Dourados se reúnem com o prefeito, mas Murilo não cede e tarifação excessiva continua
Representantes dos empresários alegam que os vereadores aprovaram a Lei Complementar sem saber de que forma isso prejudicaria o setor produtivo
O presidente da ACED, Francisco Eduardo Custódio, recebeu o prefeito municipal, Murilo Zauith, e seus secretários em reunião extraordinária para tratar de um assunto polêmico e de grande relevância à classe empresarial: as alterações na Lei do Código Tributário de Dourados.
O encontro aconteceu na sexta feira (14), na Associação Comercial e contou com a presença de políticos, representantes de entidades, profissionais de diversas categorias e empresários dos mais diversos segmentos.
“A ACED busca defender os interesses dos associados, por isso não podemos ficar omissos às alterações. É preciso buscar soluções para que tenhamos uma sociedade mais justa”, explicou Custódio.
Murilo Zauith informou que a Prefeitura precisa de recursos para projetar Dourados rumo ao desenvolvimento e que a cobrança dos impostos e taxas deve ser feita. Já o secretário da fazenda, Walter Carneiro Júnior, disse que a Lei já existia desde 2003. “Não alteramos uma letra do que está escrito na Lei, não criamos nada, apenas adequamos os valores, que nunca foram cobrados, à realidade e necessidade de Dourados”, pontuou o secretário.
Segundo Custódio “o empresário tem uma grande responsabilidade com os altíssimos impostos e muitos se dedicam e se esforçam ao máximo para honrar com seus compromissos financeiros diários”.
A empresária Kátia Lopes, proprietária de uma empresa de panfletagem, falou o quanto a decisão vai prejudicar sua empresa. “Em Dourados, somos a única empresa do ramo regularizada. Lutei para conseguir isso e acredito que é o certo. Cobro R$ 60,00 para entregar 1.000 panfletos, com a lei, terei que pagar à Prefeitura o valor de R$ 50,00 pela mesma publicidade. Desta forma, vou fechar a empresa e voltar à informalidade”, lamenta.
De acordo com o micro empresário Amarildo Ricci “os vereadores aprovaram a Lei Complementar sem saber de que forma isso prejudicaria o setor produtivo”. “É preciso discutir com os setores para ter ciência da realidade. O Governo pede para que haja a formalidade das empresas, entretanto, não oferece mecanismos justos para isso”, defende Ricci. Após escutar o apelo dos presentes o prefeito solicitou ao presidente da ACED que as entidades entreguem posteriormente sugestão de alteração nos valores da Lei Complementar.