UFGD lança Ouvidoria da Mulher e da Diversidade
Ouvidoria também conta com a presença constante de, pelo menos, uma mulher para fazer o acolhimento presencial ou através do telefone institucional
A Ouvidoria é o setor responsável por receber reclamações, sugestões, denúncias, solicitações e elogios dos usuários dos serviços públicos prestados pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). De acordo com o Ouvidor da UFGD, Antônio Dari Ramos, todas as mensagens que chegam na Ouvidoria recebem o devido encaminhamento, visando a melhoria do atendimento aos usuários do serviço público.
“Dentre todas as manifestações, aquelas relacionadas às violências que possuem como pano de fundo as questões de gênero, ocupam um destaque negativo. Isso acompanha o fato de que a sociedade brasileira ainda precisa enfrentar mais incisivamente as violências de gênero as quais, infelizmente, estão presentes também no interior da universidade. O tratamento a essa ferida social passa pelo estabelecimento de uma gestão sensível à temática, pelo investimento na criação e fortalecimento de uma cultura inclusiva e respeitosa e, quando tais violências acontecem, por um processo de acolhimento e de encaminhamento de respostas às vítimas e à sociedade”, analisa Antônio Dari.
Diante dessa necessidade, na próxima segunda-feira, dia 04/12, a UFGD celebrará o lançamento da Ouvidoria da Mulher e da Diversidade, oferecendo a oportunidade das mulheres, ou qualquer pessoa que assim desejar, receber atendimento e acolhimento especializado de uma mulher. Além disso, a Ouvidoria criou o e-mail [email protected] e o WhatsApp (99182-0347), aos quais apenas as mulheres da Ouvidoria possuem acesso, preservando ainda mais a identificação da vítima. A Ouvidoria também conta com a presença constante de, pelo menos, uma mulher para fazer o acolhimento presencial ou através do telefone institucional.
A Ouvidoria continuará utilizando a plataforma Fala.br como principal ferramenta para o registro das manifestações do público, assim como acontece na maioria das instituições públicas brasileiras. No entanto, a Ouvidoria da Mulher e da Diversidade vai oferecer esse serviço para que, principalmente, em casos de assédio sexual e assédio moral, a Ouvidoria possa ser um ambiente de acolhimento e tratamento, para evitar a revitimização das pessoas assediadas. Esse trabalho será realizado por duas servidoras que já compõem a equipe da Ouvidoria, Valesca Almeida e Josilaine Gomes.
“A criação da Ouvidoria da Mulher e da Diversidade possui o condão de desinvisibilizar o problema, de colocá-lo na pauta do cotidiano universitário e de criar um espaço no qual as vítimas encontrem a devida guarida para que suas vozes e sofrimentos sejam ouvidos e alcancem a resposta institucional mais adequada. A demanda chegou à Ouvidoria e à Administração Central da Universidade através do NEDGS, tendo sido corroborada pelos sindicatos dos docentes e técnicos administrativos da UFGD e pelas representações estudantis”, explica o ouvidor da UFGD.