“Terra de ladrão, tem que ser terra do povo". Relatou o líder do MST
Havíamos relatado no portal da 94Fm ontem (4), que no período da manhã, a fazenda do filho do empresário José Carlos Bumlai, preso no dia 24 de novembro pela PF (Polícia Federal) em parte da Operação Lava Jato, o veterinário Fernando de Barros Bumlai, de 43 anos, foi invadida por um grupo de sem terra. A propriedade está localizada no quilômetro 8 da BR-463, na saída para Ponta Porã.
Porém, hoje (5) no período da manhã, o repórter Sidnei Bronka, esteve no local para ver o que estava acontecendo.
Segundo informações, a ocupação é por tempo indeterminado. “Terra de ladrão, tem que ser terra do povo. Por isso, nós não vamos desocupar”. Relatou Douglas Elias, líder do Movimento Agrário Rural Campo e Cidade.
Segundo o líder do movimento, eles estão pacificamente na fazenda. Só estão ali por que foram retirados da cidade de Rio Brilhante, ordenados a deixar onde estavam nas terras da família Bumlai, e por isso vieram até Dourados, na BR 463.
A história que o movimento invadiu a Usina não é verdade, eles não querem confusão, até por que, eles querem um lugar para que possam trabalhar, e a usina não representa isso para eles.
Segundo os líderes, eles vão ficar até uma ordem judicial, até isso não acontecer, vão ficar por tempo indeterminado.
Ainda ontem à noite (4), ouve uma reunião com o grupo invasor, eles queriam ficar no trevo que dá acesso a Laguna. Quando acordaram, viram várias viaturas do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) na frente da Usina. Eles resolveram não fazer o manifesto, “o grupo quer tranquilidade, não confusão, nada disso, só queremos trabalhar”. Comentou um dos líderes do movimento.
“Nós não vamos invadir a Usina, até por que para nós, não seria viável, nós queremos a parte da terra, para que possamos produzir”, comentou Douglas Elias.
Segundo informações, o grupo permanece na fazenda e não tem intenção nenhuma de invadir a Usina São Fernando.