Temos medo de pagar errado e depois ser responsabilizado, diz Idenor sobre salário negado a vereador
O presidente da Câmara de Dourados, vereador Idenor Machado (DEM), disse para 94 FM que o salário do parlamentar Joédi Guimarães (PRP) não será pago até que ele apresente um parecer favorável. Segundo o chefe do Legislativo, há uma dúvida jurídica que o deixa inseguro de efetuar o pagamento e depois ser responsabilizado por instâncias superiores.
No início da noite desta quarta-feira (22) Joédi divulgou nas redes sociais que Idenor se recusou a pagar o salário que lhe é devido pelos dias de substituição à parlamentar Délia Razuk (PMDB). Procurador da Fazenda Nacional, o republicano já havia garantido que não acumularia os rendimentos e doaria o ordenado de vereador para duas creches que atendem crianças carentes na cidade.
Segundo Idenor, o vencimento do vereador Joédi não será pago até que o mesmo apresente um parecer favorável. “O Procurador Geral da Câmara entende que ele tem incompatibilidade de horário. Mas não há uma briga. Precisa que ele também procure provar para que a gente tenha condições de pagar. Criou-se um fato novo, o acúmulo de cargos. Como o direito é muito amplo, não quero tirar direito de ninguém. Mas se ele tiver um parecer favorável nós vamos pagar. Estamos trabalhando em cima de uma dúvida jurídica”, alegou.
O presidente da Câmara manifestou preocupação com a possibilidade de ser punido caso um eventual pagamento seja considerado ilegal. “Temos medo de pagar errado e depois ser responsabilizado. Eu entendo que quem trabalhou tem que receber. Entendo também que havendo compatibilidade de horário ele pode receber. Estamos discutindo. Acho até que ele não deveria ter colocado em público antes de um desfecho”, pontuou.