Tapa-buracos suspenso na seca só deve voltar em Dourados nos meses chuvosos
Licitação para contratar empresa que deve retomar serviços foi agendada para outubro, mês com chuva média mensal de 142.5 milímetros, segundo a Embrapa

Agendada para o próximo dia 2 de outubro, a licitação para escolha da empresa de tapa-buracos e consequente retomada dos serviços deve coincidir com o início do período mais chuvoso em Dourados. Suspenso desde agosto, quando encerrou o contrato de R$ 3,1 milhões da prefeitura com a Enerpav G.S. Ltda, o trabalho deixou de ser feito justamente quando a cidade registrou um período superior a 30 dias de seca total.
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Essa condição de estiagem é ideal para a recuperação da castigada malha asfáltica da maior cidade do interior de Mato Grosso do Sul, conforme reconhece a própria administração municipal. Na mais recente divulgação de resultados do tapa-buracos, no dia 15 de agosto, a prefeitura informou que "um ponto positivo nas semanas que Dourados permaneceu sem chuva foi o avanço da operação tapa-buraco pela cidade".
ESTIAGEM FAVORECEU
"Com quatro equipes destinadas à recuperação da malha asfáltica, a Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop) alcançou mais de 60 mil metros quadrados de buracos tapados e aliviou a situação de ruas principais em vários bairros e no centro", detalhou à ocasião.
No entanto, naquela mesma oportunidade chegava ao fim os contratos firmados entre município e Enerpav para execução do tapa-buracos. Com sede em Campo Grande, essa empresa obteve no dia 7 de março um contrato de R$ 773.437,27 com dispensa de licitação para executar um serviço emergencial e no dia 19 de abril venceu outra concorrência pública e foi escolhida para manter os trabalhos por mais R$ 2.348.077,30.
SEM CHUVA, SEM SERVIÇO
Com o fim dos contratos de R$ 3.121.514,57 para execução de serviço de recuperação e conservação de vias urbanas (tapa-buraco ou recomposição do pavimento, remendo profundo e recapeamento asfáltico), em diversas ruas e avenidas da cidade e dos distritos do município, a estiagem que perdura desde o dia 18 de agosto (32 dias) não foi aproveitada.
E como já noticiado pela 94FM, a administração municipal agendou para às 8h do próximo dia 2 de outubro o processo licitatório para contratar uma nova empresa com os R$ 5 milhões enviados pelo Governo do Estado por meio de convênio assinado no dia 26 de junho.
MESES CHUVOSOS
Mesmo com todo esse dinheiro, os serviços podem esbarrar em dificuldades já reconhecidas pela prefeitura: as chuvas. De acordo com o Boletim Guia Clima, com dados obtidos pela estação meteorológica ativada no município em 1979 pela Embrapa Agropecuária Oeste, o histórico de quase quatro décadas de análises indica que outubro tem chuva média mensal de 142.5 milímetros, novembro de 158.9 milímetros e dezembro de 180.1 milímetros.