Suspeito de assassinar caminhoneiro deixou semiaberto 50 dias antes do crime

O jovem Maycon Alberto Morais Alves, de 24 anos, suspeito de ter assassinado o caminhoneiro Valteir da Rocha Ferreira com sete tiros na madrugada de domingo (16) em Dourados, havia deixado o regime semiaberto há pouco mais de 50 dias. Ele cumpria pena por assalto a mão armada, crime que cometeu em julho de 2011 e agora é considerado foragido da Justiça.

A 94 FM apurou que o suspeito do assassinato foi autorizado a deixar a Phac (Penitenciária Harry Amorim Costa) em dezembro de 2012, quando o juiz Rubens Witzel Filho, atuando em substituição na 3ª Vara Criminal, lhe concedeu o benefício da progressão de regime. No dia 13 daquele mês, Maykon ganhou o direito de cumprir sua pena no regime semiaberto.

Já no dia 21 de janeiro deste ano, o titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Dourados, juiz Francisco Vieira de Andrade Neto, concedeu nova progressão de regime ao reeducando. O magistrado considerou que Maykon, além de apresentar bom comportamento, “desempenhou atividades laborais intra muros, totalizando 280 (duzentos e oitenta) dias, que, na proporção legal de três dias trabalhados para um dia de remição, perfaz o quantum de 93 (noventa e três) dias, que devem ser declarados como pena cumprida”.

Nessa oportunidade Maykon recebeu autorização para cumprir o resto de sua pena no regime aberto, no qual só precisaria ir ao estabelecimento penal para dormir e passar os fins de semana. Mas foi justamente na madrugada de um domingo que aconteceu o crime do qual é o suspeito.

No dia 21 de fevereiro a Defensoria Pública pediu à Justiça que concedesse o indulto para Maykon, que é o perdão da parte final da pena a ser cumprida. O sistema de acompanhamento processual do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) não informa se esse pedido foi deferido pelo juiz responsável.

Já no dia 10 de março 108 detentos dos regimes aberto e semiaberto receberam o benefício da saída da Quaresma. Não há informações se o suspeito de matar o caminhoneiro está entre os beneficiados, que tinham até segunda-feira (17) para voltar à cadeia.

Numa rede social Maykon informa ser funcionário de uma empresa de transportes. Consta como cidade natal do suspeito Cuiabá, capital do vizinho Mato Grosso.