Secretário afirma que HV ficará sob administração do Evangélico por até mais três meses

Conforme o secretário, ao reassumir o controle do Hospital da Vida, prefeitura não irá manter todos os funcionários

  • Alexandre Duarte

O último dia de terceirização do HV (Hospital da Vida) terminaria em 05 de maio de 2014, data na qual se esperava que a prefeitura iria, como prometido, reassumir administração da unidade. Porém, o secretário de saúde, Sebastião Nogueira, afirmou nesta quinta-feira (27) à 94FM que o contrato com o HE (Hospital Evangélico) será prorrogado por até 90 dias.

Nogueira explica que a prorrogação se faz necessária para que a prefeitura crie a estrutura necessária para voltar a administrar o HV. “Antes de reassumir a administração do Hospital da Vida tivemos que alterar a lei orgânica do município, para que pudéssemos criar a fundação que vai administrar o hospital”, explicou.

A alteração na lei orgânica citada pelo secretário foi aprovada em primeira votação na sessão de terça-feira (25) da Câmara Municipal. Na próxima segunda-feira (31), haverá uma sessão extraordinária com a finalidade de acelerar o processo e realizar a segunda votação.

Já na próxima terça-feira (01), Nogueira diz que será votada a criação da fundação propriamente dita. “À partir da criação da fundação vamos dar andamento e cumprir todos os demais trâmites burocráticos necessários, como registro em cartório e abertura do CNPJ [Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica]. Não queremos reassumir o hospital da qualquer jeito, temos que fazer as licitações, comprar material e tudo mais”, complementou.

Funcionários

Com o iminente retorno do HV para as mãos da prefeitura, os trabalhadores da unidade temem pelos seus empregos, já que são funcionários do Evangélico e não servidores públicos municipais.

Questionado sobre o caso o secretário foi enfático ao afirmar: “Vamos fazer o possível para aproveitar ao máximo os funcionários que já estão no Hospital da Vida, mas não podemos garantir que todos irão permanecer”, finalizou.

Ainda segundo Sebastião, o próprio Evangélico também havia pedido mais tempo para organizar a transição administrativa.