Rua tem tapa-buracos pela metade e serviço que não durou nada em Dourados
Buracos abertos aumentam riscos em trecho da Rua Clóvis Cersósimo de Souza na região do bairro Hyran de Matos
Trecho da Rua Clóvis Cersósimo de Souza na região do bairro Hyran de Matos, em Dourados, tem tapa-buracos pela metade e serviço que não resistiu à primeira chuva, resultando em uma verdadeira armadilha para quem por ali transita.
No cruzamento com a Rua Tinta e Um de Março, o trabalho de restauração asfáltica realizado entre os meses de outubro e novembro ficou incompleto. Buracos foram recortados, porém não receberam a massa asfáltica e seguem abertos praticamente inviabilizando o tráfego de veículos em umas das faixas da pista.
A cada nova chuva, a situação fica ainda pior. Cobertos pela água, os buracos ficam invisíveis e não há tempo hábil para desviar. Além disso, não param de crescer devido à infiltração maximizada pelo recorte do asfalto feito no tapa-buracos incompleto.
Alguns quilômetros para frente na Rua Clóvis Cersósimo de Souza, região do bairro Hyran de Matos, buraco tapado depois do quebra-molas próximo à Rua Humberto de Campos perdeu toda a massa asfáltica do tapa-buracos já na primeira chuva ocorrida após o serviço.
Também nesse caso, formou-se uma verdadeira armadilha para quem transita pela via, sobretudo no sentido do centro ao bairro, com a pista sem qualquer condição de tráfego.
Entre esses dois trechos, outro problema é a falta de tampa da rede de águas pluviais no cruzamento com a Rua Floriano Brum. O problema persiste há quase um mês e sem solução, exige sinalizações improvisadas para evitar algum tipo de acidente.
No dia 28 de novembro, o prefeito de Dourados, Alan Guedes (PP), homologou o resultado da Concorrência Edital nº 001/2023, vencida pela Planacon Construtora LTDA para execução dos serviços de tapa-buracos no município.
O termo de homologação e adjudicação do processo licitatório informa R$ 19.472.156,95 como valor global da proposta vencedora.
Essa contratação visa a execução de serviços de restauração asfáltica (operação tapa-buraco), para manutenção de vias públicas nas regiões urbanas e zonas urbanas distritais deltahum, Vila São Pedro, Panambi, Indápolis, Vila Vargas, Vila Formosa e Vila Macaúba no Município de Dourados.
A Planacon Construtora LTDA já havia sido vencedora da Concorrência nº 5/2022, realizada em dezembro de 2022, com proposta de R$ 8.035.951,99.
Desse vínculo, a ordem de início de serviço foi assinada pelo prefeito na manhã do dia 23 de janeiro de 2023 e em 13 de julho houve a publicação do extrato do 2° termo aditivo ao Contrato nº 001/2023/DL/PMD, informando a necessidade de acréscimo contratual com alteração do valor inicial do ajuste, diante acréscimo na ordem de R$ 2.008.988,00, perfazendo novo montante novo montante global da monta de R$ 10.044.939,99.
Em 22 de setembro, o extrato do 1° termo de apostilamento ao Contrato nº 001/2023/DL/PMD, datado de 15 de agosto, revelou ter sido necessário o reajuste de preços do primeiro Termo de Apostilamento, com data/base prevista no contrato inicial, mês de julho/2022 (mês de abertura da proposta), com percentual de 4,10%, conforme medição a partir de agosto/2023, gerando um acréscimo de R$ 411.842,53.
Ao longo dos dois primeiros anos da gestão Alan Guedes, Dourados teve esse serviço executado pela Rede Construções LTDA, empresa sediada em Campo Grande, contratada em setembro de 2021 após vencer a Concorrência nº 1/2021 com proposta de R$ 3.957.592,62.
Esse vínculo, porém, resultou no tapa-buracos “a conta-gotas” que deixou a cidade com esse aspecto de total desleixo da administração pública.
Embora o portal da transparência do município detalhe que o empenho (reserva de recursos para serviço contratado) de R$ 4.462.185,44 para a empresa da capital, apenas R$1.753.553,82 constam como liquidados (trabalho já feito) e pagos (quitados pela administração pública municipal).
Além disso, a Prefeitura de Dourados rescindiu no dia 6 de dezembro o contrato celebrado com a Rede Construções LTDA. Nesse caso, a Secretaria Municipal de Obras Públicas procedeu com a rescisão do contrato e informou a aplicação de multa compensatória de 9%, correspondente a importância de R$ 202.506,10 sobre o saldo contratual de R$ 2.250.067,81, bem como a sanção de suspensão temporária, pelo período de dois anos, de participar em licitação e de contratar com o município.