Procon autuou 15 postos, mas diz que clientes só denunciam em redes sociais
Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor de Dourados relata que denúncias de douradenses são feitas apenas via telefone ou nas redes sociais
O Procon (Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor) de Dourados informou nesta terça-feira (29) já ter autuado 15 postos de combustíveis “em razão de fortes indícios de aumento abusivo e injustificado de preços”. Contudo, revelou que “nenhuma reclamação oficial por parte de consumidores” chegou até o momento porque dos douradenses só fazem denúncias via telefone ou nas redes sociais.
Conforme revelado pela 94FM, desde o dia 24 tem faltado combustíveis em Dourados. Nos poucos estabelecimentos que tinham estoque, o litro da gasolina, por exemplo, chegou a ser comercializado por mais de R$ 5,00. Dias antes, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) havia apurado preços entre R$ 3,899 e R$ 4,429 no município.
Divulgado hoje pela Prefeitura de Dourados, relatório do Procon informa que “até o momento foram autuados 15 postos de combustíveis, em razão de fortes indícios de aumento abusivo e injustificado de preços, cujos representantes têm prazo de dez dias para comprovar a regularidade nos reajustes aplicados, mediante apresentação de comprovantes fiscais de entrada e saída do produto nos reservatórios”.
No entanto, o diretor do Procon local, Mário Júlio Cerveira, revelou que o órgão “não recebeu nenhuma reclamação oficial por parte de consumidores”, acrescentando que “o que existem são denúncias via telefone e redes sociais por parte de usuários”.
Ainda na semana passada, o MPE-MS (Ministério Público Estadual) divulgou nota recomendando que douradenses que se sentirem lesados com a alta dos preços dos combustíveis devem procurar a 10ª Promotoria de Justiça do Consumidor, Cidadania e Direitos Humanos de Dourados para formalizar uma reclamação. Segundo o órgão, nos casos em que houver comprovação de irregularidades, “serão tomadas no âmbito coletivo e criminal”.
Hoje, o Procon revelou que também monitora as distribuidoras de gás de cozinha e segmentos do comércio, “com o fim de coibir aumentos abusivos”. E solicitou “que a população ajude a fiscalizar, exija o comprovante fiscal e denuncie eventuais irregularidades”.