Prefeitura não resolve a questão dos sem-teto e uma nova reunião é marcada
Executivo municipal disse que vai tentar adiar o prazo máximo que os acampados têm para deixar a área
Em reunião na manhã desta quinta-feira (13), no gabinete do prefeito Murilo Zauith, mais uma vez foi discutida a questão dos sem-teto que ocupam uma área da prefeitura na região do Jardim Clímax. Porém, após quase duas horas de debate o problema não foi resolvido e a solução adiada.
Ao final da reunião, surgiu sorridente na sacada do gabinete do prefeito, o líder do movimento sem-teto, o “Maurício Neguinho”, que ao lado de alguns vereadores da situação e do diretor de habitação da prefeitura, Antônio Cruz, disse que uma nova reunião está marcada para as 19h de hoje no acampamento. “Problemas de família devem ser resolvidos em casa”, disse a liderança.
Posteriormente, em conversa com a reportagem da 94FM, o diretor de habitação explicou que uma das alternativas da administração é pleitear na justiça uma dilatação no prazo máximo que os acampados têm para deixar a área. Caso isso seja possível, a prefeitura teria tempo hábil para realizar o projeto de um novo residencial e enquadrá-lo no programa ‘Minha Casa Minha Vida’ e assim garantir moradia para todos acampados.
Contudo, Cruz advertiu que não é garantida a dilatação no prazo, em caso de negativa por parte da justiça as famílias teriam que deixar o local no próximo sábado (15). Lembrando que foi a própria prefeitura que entrou com o pedido de reintegração de posse.
Ainda segundo o diretor, a liderança do movimento se comprometeu em realizar um cadastro com dados de todos os ocupantes e encaminhar toda a documentação para o setor de habitação da prefeitura, que segundo Cruz, já irá começar a trabalhar no novo projeto.
O grupo de aproximadamente 250 pessoas deixou o local logo após o término da reunião, por volta das 10h40. Os manifestantes mais uma vez cobraram o cumprimento da promessa feita por Murilo Zauith, que semanas atrás, quando visitou a área ocupada, garantiu aos sem-teto que não os deixaria na mão e que seria o “guarda-chuva” daquele grupo de desabrigados.