Prefeitura descumpre acordo e educadores retomam greve no dia 4 de novembro

Educadores deixaram claro descontentamento com a falta de compromisso da prefeitura (Divulgação)
Educadores deixaram claro descontentamento com a falta de compromisso da prefeitura (Divulgação)

A greve dos educadores de Dourados que estava suspensa há mais de dois meses será retomada no dia 4 de novembro. Essa decisão foi tomada durante assembleia realizada nesta quarta-feira (22) no Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados). A prefeitura não cumpriu os compromissos firmados com a categoria, cujos prazos venceram no dia 15 deste mês.

Leia também:

-Revoltados com a prefeitura, educadores podem retomar greve suspensa em agosto

-Murilo não atende educadores e 27 mil alunos ficam sem aulas em Dourados

-Secretária de Educação determina aulas até dia 30 de dezembro em Dourados

No dia 1º de agosto representantes dos educadores e da prefeitura participaram de reunião na Câmara de Vereadores. Nessa ocasião o procurador-geral do Município, Alexandro Lemes Fagundes, e a secretária de Educação, Marinisa Mizoguchi, apresentaram propostas aceitas pelos trabalhadores que motivaram a suspensão da greve iniciada no dia 17 de julho. Com isso as aulas voltaram no dia 4 de agosto.

Esses compromissos assumidos pela administração municipal tinham prazo para serem cumpridos. Eles venceram no dia 15 passado. Mas nenhuma proposta efetiva foi apresentada desde então, conforme representantes do Simted.

No dia 16 passado a Câmara voltou a receber membros do Simted. Nessa oportunidade, os parlamentares tiveram acesso a documento encaminhado pela secretária de Educação no dia 10 deste mês informando impossibilidade de atender às pautas dos educadores, que incluem, em essência, inserção dos servidores administrativos no PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações) e pagamento do Piso para 20 horas aos profissionais do magistério.

A secretária de Educação apresentou propostas que não agradaram aos educadores, porque em geral estavam condicionadas a questões incertas, tais como a transferência de quase 4 mil alunos da Rede Municipal para Estadual e o recebimento dos royalties do pré-sal.

“Nesses mais de dois meses o prefeito não nos recebeu para negociar, num sinal de que não há intenção mínima de fazer um acordo”, afirmou à ocasião o presidente do Simted, João Vanderley Azevedo. “Fere muito a ausência de dados. Cadê as contas?”, chegou a questionar.

Nessa mesma oportunidade o líder sindical deixou claro que seria difícil evitar a retomada da greve, uma vez que essa decisão é coletiva. E foi em assembleia nesta tarde que os educadores decidiram retomar a paralisação que teve início no dia 17 de julho e foi suspensa em 1º de agosto. As escolas voltam a ficar sem aulas no próximo dia 4 de novembro. Com isso, o ano letivo de 27 mil estudantes que só deveria terminar no dia 30 de dezembro passa a não ter data para acabar.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.