Prefeitura de Dourados recebe quase R$ 5 milhões do governo federal e estadual para saúde

Segundo dados do Ministério da Saúde, a prefeitura de Dourados recebe do Governo Federal quase R$ 4 milhões apenas para custos do Hospital da Vida (HV) e atendimento em clínicas, fora o que aufere de recursos para os postos de saúde.

O município que tem gestão plena, tem R$ 3.969.183,87 enviados para atendimento de alta e média complexidade. Recentemente o presidente da CPI da Saúde da Assembléia, deputado estadual Amarildo Cruz (PT), declarou que muitos dos erros em cidades como Dourados, eram por falta de uma gestão eficiente.

E os valores não param por aí. O Governo do Estado divulgou hoje (25) um relatório de receita, despesa e repasses aos poderes e municípios, relativo ao mês de outubro e que revela os valores de investimentos em saúde.

Dourados recebe R$ 131.324,23 para o Fundo de Investimentos Sociais (FIS) Saúde, R$ 174.402,75 para atenção básica, R$ 39.476,69 para assistência farmacêutica, R$ 406.916,32 para atenção especializada e R$ 3.692,39 para vigilância em saúde.

No total a administração municipal recebe R$ 755.812,38, ou seja, são quase R$ 5 milhões somados recursos do governo estadual e federal.

Conselho Municipal

Em entrevista exclusiva à 94FM, no mês passado, a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Berenice de Oliveira Machado, afirmou que a solução para o caos da saúde pública do município é fazer com que a gestão do Hospital da Vida e Universitário volte a ser da prefeitura. Atualmente o HV é gerido pelo Evangélico e o HU pela UFGD (Universidade Estadual da Grande Dourados).

Segundo Berenice, ao contrário do que afirmam os hospitais públicos, o problema não é falta de recursos. “Além de melhorar a situação da saúde, reduzir o número de pacientes nos corretores, uma gestão municipal também reduziria a despesa e sobraria mais recursos para investir. Somente para o Hospital Evangélico, que administra o Hospital da Vida, é pago R$ 3,8 milhões todos os anos apenas pela administração. E tem mais, para estimular o hospital a gerenciar bem os recursos, são pagos mais R$ 4,7 milhões de incentivo de gestão”, complementou.

Outra questão apontada por Berenice é que as ações da saúde pública em Dourados, deveriam ser mais voltadas à prevenção, o que naturalmente reduziria os custos na parte curativa.