Prefeitura de Dourados perde mais um prazo para entrega da UPA
Secretário de Saúde havia anunciado que unidade começaria a atender em julho, mês que acabou ontem
A Prefeitura de Dourados não consegue inaugurar a UPA 24 Horas (Unidade de Pronto Atendimento Médico). A obra que deveria ter sido entregue em dezembro de 2011 continua fechada. Para piorar, a administração do prefeito Murilo Zauith (PSB) não consegue cumprir sequer os prazos que ela mesma estipula. No final de junho do secretário de Saúde, Sebastião Nogueira, informou que os atendimentos começariam em julho.
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Apesar da promessa feita pelo secretário, quem for à UPA nesta sexta-feira, dia 1º de agosto, vai se deparar com por portas fechadas. Mais uma vez a obra não foi inaugurada no prazo previsto. Essa incapacidade da prefeitura em ativar uma unidade de saúde indispensável para sociedade já motivou até um inquérito do MPE (Ministério Público Estadual).
Informações obtidas pela 94 FM indicam que ainda não foi concluído o serviço de impermeabilização do prédio. Conforme o Instituto Brasileiro de Impermeabilização, essa “é uma técnica que consiste na aplicação de produtos específicos com o objetivo de proteger as diversas áreas de um imóvel contra ação de águas que podem ser de chuva, de lavagem, de banhos ou de outras origens”.
Enquanto o prédio permanece ocioso, sem qualquer atendimento, além dos prejuízos causados à saúde pública, há também perda de recursos federais. Pelo menos R$ 7,7 milhões teriam sido repassados pela União ao município de Dourados desde dezembro de 2011, quando a obra deveria ter sido entregue. Essa é a soma dos R$ 250 mil mensais que o governo federal prevê enviar para custeio da UPA.
Conforme a Portaria do Ministério da Saúde que estabelece a construção da UPA, a unidade de Dourados poderia atender até 450 pacientes por dia em meio a 20 leitos com seis médicos – entre pediatras e clínicos gerais. Há quase três anos os douradenses esperam por essa estrutura.