População reclama de problemas na saúde pública de Dourados
Superlotação, demora no atendimento, falta de materiais básicos de saúde e falta de profissionais são reclamações da população
Diariamente, moradores de Dourados enfrentam dificuldades ao precisar de atendimento na saúde pública. Entre os problemas, está a superlotação, a demora no atendimento, falta de materiais básicos de saúde e falta de profissionais.
Ontem (23), por exemplo, o Corpo de Bombeiros, que havia acabado de atender uma ocorrência de acidente de moto em frente ao Douradão, na Rua Coronel Ponciano, se deparou com a entrada de emergência do Hospital da Vida trancada. Diante disso, um bombeiro precisou ir até a entrada principal da unidade hospitalar, assinar uma autorização, para só então, poder pegar a chave e destrancar a porta e encaminhar a vítima para o atendimento. Enquanto isso, os profissionais e a vítima ficaram aguardando do lado de fora do hospital. (Saiba mais aqui)
Com a repercussão da matéria falando sobre o assunto, muitas pessoas se manifestaram no Facebook da 94FM, revoltadas com a falta de organização da prefeitura, falando que esse exemplo é a realidade da cidade. “Infelizmente é a nossa realidade! Um descaso total com as pessoas que precisam de um atendimento médico. Não sei onde colocar tanta indignação, tanto repúdio, porque dá vontade de ficar em casa mesmo quando precisamos de atendimento médico. Isso quando você consegue ser atendido. Muitas vezes volta para casa sem atendimento, sem medicação e ainda humilhado, sendo que pagamos por esse atendimento, não é de graça”, desabafou uma douradense.
“Simplesmente uma vergonha a saúde pública em Dourados”, comentou outra.
Outras pessoas criticaram a gestão da prefeita Délia Razuk (PR) e afirmaram que a saúde do município está um caos e precisa ser melhorada urgentemente.
SUPERLOTAÇÃO
No início deste mês, uma denúncia mostrou pacientes em leitos nos corredores do Hospital da Vida, onde era para ser um lugar de passagem. Nas imagens é possível ver pelo menos 12 pessoas no corredor do hospital. Algumas estão deitadas em macas, enquanto outras, aguardam sentadas em cadeiras ou em bancos para serem internados. De acordo com um douradense, que pediu para não ser identificado, além da superlotação, faltam profissionais de saúde e materiais básicos para atender os pacientes. Essa situação é vivenciada pela população diariamente.
SEM AR-CONDICIONADO
Na semana passada, outra denúncia revelou que há aproximadamente cinco meses, sem ar-condicionado, funcionários e pacientes da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) estão sofrendo com o calor. Uma douradense, que fez a denúncia e pediu para não ser identificada, entrou em contato com a reportagem da 94FM, e disse que desde março funcionários e pacientes estão passando por essa situação. Na recepção, local que mais reúne pessoas na unidade, principalmente no período da tarde, o ar-condicionado não funciona, assim como em outras salas da UPA. Conforme a denúncia, os únicos equipamentos que estão funcionando são os das salas dos coordenadores.
Sem ar-condicionado, as janelas seriam uma alternativa para ajudar a amenizar o calor, mas elas têm tela de proteção, deixando o local sem ventilação, o que é prejudicial à saúde de quem está na unidade. “Desrespeito com a população e com os funcionários”, disse a douradense.
POSTO DE SAÚDE
Na semana passada, um douradense procurou a 94FM para denunciar a falta de dentista no Posto Seleta de Dourados. Ele ficou teve que esperar aproximadamente quatro meses para poder ser atendido. Primeiro, ele era informado que o procedimento não poderia ser feito porque não tinha material na unidade. Depois, foi avisado que não tinha profissional para atender adultos. Com dor no dente, o homem disse que não tinha condições para procurar um consultório particular, porque está desempregado.
ARRECADAÇÃO MILIONÁRIA
Desde que 2018 começou até esta segunda-feira (24), a Prefeitura de Dourados já arrecadou mais de R$ 433,206 milhões em receitas.