Polícia Federal apreende documentos após 9 horas dentro da Usina São Fernando
Após quase 9 horas no interior da Usina São Fernando, em Dourados, agentes da PF (Polícia Federal) deixaram o local com documentos apreendidos nos setores de RH (Recursos Humanos) e administração da unidade, cujo sócio majoritário é o pecuarista e empresário José Carlos Bumlai, preso na manhã desta terça-feira (24) em Brasília.
As apreensões fazem parte da operação batizada de Passe Livre, que é a 21ª parte da Lava-Jato, que teve origem a partir de denúncias de corrupção na Petrobras. Desvios de recursos públicos teriam sido praticados por gente do alto escalão do governo federal, conforme apontam as investigações conduzidas pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Das 6h30 até 15h desta terça-feira a PF permaneceu na usina São Fernando. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal. O material apreendido foi encaminhado para a sede da Polícia Federal em Dourados e deverá passar por perícia.
Além das apreensões ocorridas em Dourados e da prisão de Bumlai em um hotel de Brasília, cinco mansões do empresário foram visitadas por policiais federais e auditores da Receita Federal hoje. Conforme a imprensa da capital, nos imóveis foram apreendidos documentos a partir de mandado de busca e apreensão também expedido pelo juiz Sérgio Moro.
Segundo as investigações, após protocolar na 5ª Vara Cívil de Dourados o pedido de falência, a Usina São Fernando obteve junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) um empréstimo milionário. Além dessa transação suspeita, que segundo a justiça teria sido motivada pela relação de amizade entre Bumlai e o ex-presidente Lula, o empresário também é apontado como beneficiário de dinheiro oriundo de propinas.
Os filhos de Bumlai foram alvo de condução coercitiva, quando a pessoa é convocada a depor e depois é liberada. (Com informações de Sidnei Lemos, o repórter Bonka, da 94 FM)