ONG Refúgio dos Bichos rebate acusações de professora
O casal Rosiany e Paulo Wilson acusou a ONG por subtração de animais e invasão de domicílio. Refúgio dos Bichos se defende acusando o casal por maus tratos e abandono de três cacho...
Representantes da ONG Refúgio dos Bichos estiveram na manhã desta segunda feira (01) na redação da 94FM Dourados em busca do direito de resposta, relativo à matéria publicada pelo site na última quinta feira (28), que relatou uma denúncia contra a veterinária da ONG e contra a entidade protetora por subtração de animais e invasão de domicílio.
Três mulheres, que preferiram manter suas identidades em sigilo, falaram sobre as intenções da Associação e sobre o caso que repercutiu bastante após divulgação no site da 94 FM. Há pouco mais de um ano, a ONG Refúgio dos Bichos foi criada por protetoras voluntárias independentes que decidiram se unir a favor da conscientização sobre a posse responsável dos bichos e contra os maus tratos e abandono.
Segundo as protetoras, a ONG atua por meio de denúncias, foi o que aconteceu com o caso citado. “Em relação a esta situação recebemos a denúncia e fomos ao local constatar o fato em vários dias e em horários diferentes. O que agrava a situação é que foram várias denúncias sobre a mesma casa”, explicaram.
Ainda de acordo com as representantes, os vizinhos foram ouvidos e declararam que o casal Rosiany e Paulo haviam se mudado desde março. “Batemos à porta de alguns vizinhos, mas muitos foram conversar conosco espontaneamente, onde declararam que a situação dos bichos é precária. Um deles nos disse que os cachorros choram o dia todo, latem a noite inteira e raramente aparece alguém”, disseram.
A indignação das protetoras partiu quando um dos cachorrinhos não respondia aos chamados, o que caracteriza doença ou apatia do pet. “Sempre que passávamos, eles ao menos respondiam, mas decidimos pegar os bichinhos porque vimos que ele estava debilitado e doente. Foi para salvar a vida deles”, relatou.
Rosiany acusou a ONG de ter subtraído somente dois cachorros da raça Shitzu, e de ter deixado um vira lata. De forma emotiva, uma das protetoras defendeu o trabalho realizado pela ONG. “Somos pessoas sérias e fazemos nosso trabalho por amor. Não pegamos o vira lata, como a Rosiany citou, porque ele se escondeu num ‘muquifo’ sujo, bagunçado, com rato morto (sic) e nos ameaçou morder, mas voltaríamos no dia seguinte com tranquilizantes para pegá-lo também. Animal de raça ou sem, não tem o mínimo valor, pois apoiamos a adoção e a não comercialização”, desabafou.
As defensoras declararam que a situação dos bichos era deplorável (carrapato, mau cheiro, muitas fezes, feridas, magreza) e apresentavam condições de risco. “As imagens da casa falam por si. Os levamos para tratamento veterinário e depois foram encaminhados para um lugar decente”, explicou.
Uma delas afirmou que entrou em contato com Paulo Wilson para tranquilizá-lo sobre a situação dos cachorros e dizer que eles estavam bem e felizes. A ONG disse ainda que vai aguardar decisão judicial, até lá os cachorros ficam em posse dela.