Oficina de sensibilização à perda gestacional e neonatal é promovida no HU-UFGD

O objetivo foi adequar as condutas na assistência à mulher quando recebe a notícia da perda

  • Assessoria/Ebserh
A capacitação teve a participação de 144 pessoas que se emocionaram, e relataram a importância deste acolhimento (Foto: Divulgação)
A capacitação teve a participação de 144 pessoas que se emocionaram, e relataram a importância deste acolhimento (Foto: Divulgação)

De 07 e 11 de maio, aconteceu no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), filiado à Rede Ebserh, a oficina  de sensibilização a perda gestacional e neonatal. A iniciativa foi da Unidade de Produção da Maternidade, que é composta por membros da equipe assistencial: enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionista e médicos. A oficina foi realizada para sensibilizar todos os colaboradores, residentes, acadêmicos e terceirizados sobre o protocolo implementado na Unidade da Mulher e da Criança com o objetivo de adequar as condutas na assistência a mulher que recebe a notícia da perda gestacional.

A capacitação teve a participação de 144 pessoas que se emocionaram, e relataram a importância deste acolhimento.

"Esperamos que com a implementação deste pop consigamos tornar o ambiente e a equipe hospitalar mais humanizada ao receber essas pacientes e que com isso, ela e sua família sintam-se acolhidas e respeitadas em sua dor e que não passem mais por situações constrangedoras, como precisar responder onde está o seu bebê. Não tornando assim esse momento mais difícil e traumático do que já é”, relata a psicóloga Aline, uma das responsáveis pelo Protocolo.

Amanda Jorge de Souza Stefanello, fisioterapeuta e também mãe de anjo, também participou da elaboração do protocolo e da oficina, explicou sobre a importância da atividade: “Precisamos falar sobre o luto da perda gestacional, a dor de uma mulher não deve ser medida pela idade gestacional, deve ser acolhida e respeitada desde o seu positivo. A perda gestacional, envolve sonhos que foram interrompidos precocemente, e acolher essa dor, com certeza irá contribuir para amenizar este vazio”.

A partir da implantação do protocolo no HU-UFGD/Ebserh, as mulheres com perda gestacional ao serem admitidas, serão identificadas com uma pulseira de cor lilás, na porta do quarto haverá uma borboleta símbolo do projeto e, se for o desejo materno, no nascimento será entregue a certidão de amor com o carimbo dos pés do bebê.  A iniciativa visa também evitar frases desnecessárias como: “Ah, você é nova, logo pode ter outro! Ainda bem que foi no começo! Não fique assim, você nem conviveu” e a garantia de um espaço de conforto e acolhimento.

“Linda ação! Muito necessária. Qualquer que seja a sua causa, a perda gestacional é uma realidade incontornável, dizendo respeito à perda de um filho, independentemente da fase de desenvolvimento em que o bebé se encontrava. Por isso é tão importante lidarmos com o tema e termos ações de acolhimento, como esta”, finaliza o superintendente Hermeto Macario Amin Paschoalick.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.