Mesmo sob administração da prefeitura, o caos no Hospital da Vida continua
A prefeitura municipal divulgou ontem (01) na mídia, por meio de sua assessoria de comunicação, matéria com o seguinte teor: “Murilo chama responsabilidade para a prefeitura e assume HV”. Entretanto, saúde é direito básico do cidadão e este deveria ter sido o compromisso de governo da atual administração municipal desde o início de sua campanha.
A prefeitura informou ainda que “o prefeito Murilo decidiu fazer mais esse enfrentamento, considerado como um dos maiores desafios, desde que assumiu o município”, só que Murilo Zauith assumiu a prefeitura em 2011, há três anos. Mesmo que não estivesse administrando o Hospital anteriormente, os douradenses já clamavam por socorro e nada era feito.
Na verdade, a realidade é contraditória, pois se fala muito em renovação, mas não é isso que está acontecendo com a saúde pública de Dourados. Uma funcionária da 94FM Dourados foi ao Hospital da Vida ontem, por volta das 20h, para atendimento ortopédico de urgência, e ficou horrorizada com a situação daquilo que o secretário de saúde, Sebastião Nogueira, definiu como prioridade em “atendimento humanizado”.
Segundo informações da funcionária, todos os cadastros foram apagados do sistema, o que atrasou os atendimentos e tornou o local um verdadeiro tumulto. Ela informou ainda que, revoltada com a demora e com o descaso com os pacientes por parte da equipe de enfermagem do HV, se exaltou e começou a chorar. “Perguntaram por que eu estava daquela forma e eu disse que estava com dor. Como me identificaram como funcionária da 94 FM, que sempre denuncia a bagunça que é a saúde, logo me atenderam”, declarou.
Uma das coisas que mais chocou a moça foi a forma irônica, negligente e com má vontade a qual os pacientes eram tratados por aqueles que fizeram um juramento ao código de ética e prestaram concurso público.
Sabe-se que o processo de transição, de mudança, é sempre complicado, entretanto, essa situação tem sido questionada por diversas vezes pela mídia e pela população que sofre diariamente com a situação, independente de quem administre o HV.