Moradora sofre constrangimento com ação de despejo no Dioclésio Artuzzi
A ação teria sido motivada por questões políticas, já que Lucicléia Gomes é cabo eleitoral de um candidato opositor ao atual governo municipal
A agente de saúde Lucicléia Gomes Pereira, 34 anos, está passando por grande constrangimento causado por uma ação de despejo movido pela Caixa Econômica Federal. Ela é moradora do conjunto habitacional Dioclésio Artuzzi II e foi surpreendida na manhã desta quarta feira (10) por um caminhão de piche enviado pela administração municipal de Dourados para retirar os móveis da casa.
Segundo Lucicléia e vários vizinhos que apoiam a permanência dela na residência, a situação foi provocada por motivos políticos, pois pessoas da mesma localidade, por exemplo, que agem na ilegalidade, nunca sofreram nenhum tido de represália. “Nunca fiz nada de errado. Sou uma pessoa honesta, trabalhadora e tenho dois filhos pequenos para criar. É uma injustiça o que estão fazendo comigo”, disse a agente de saúde.
O que ocorre é que Lucicléia morava em outro bairro, na casa da mãe, na Vila Índio, e não assumiu a casa no período próprio para isso, evidenciando, supostamente, que ela não tinha necessidade de participar do Programa Minha Casa, Minha Vida. Com isso, ela recebeu uma notificação da Caixa Econômica Federal e demorou a procurar auxílio da Defensoria Pública da união.
Entretanto, Lucicléia argumenta que existia uma lei municipal que obrigava os agentes de saúde a residirem no bairro onde trabalhavam - Há 10 anos ela trabalha na micro área do PSF Vila Índio. Coincidentemente, ou não,há 20 dias um decreto alterou esta lei e permitiu que os agentes pudessem morar em qualquer local dentro o perímetro urbano de Dourados.
A Defensoria Pública da União está a favor de Lucicléia, é tanto que deu entrada em uma petição para que a moradora continue em sua residência. Até o momento do fim desta reportagem, o caso ainda aguardava decisão judicial.