​Mesmo com pedidos de audiência, Zauith só recebe educadores após greve

Prefeito só recebeu educadores hoje, após greve anunciada há mais de 10 dias ser retomada pela categoria (A. Frota)
Prefeito só recebeu educadores hoje, após greve anunciada há mais de 10 dias ser retomada pela categoria (A. Frota)

Ciente há mais de 10 dias da decisão de retomada da greve dos educadores, o prefeito Murilo Zauith (PSB) só recebeu representantes da categoria na tarde desta terça-feira (4), dia em que a paralisação suspensa em agosto foi retomada. No encontro de hoje ele enfim fez as propostas que deveriam ter sido apesentadas no dia 15 de outubro.

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Na prefeitura, Zauith esteve com a diretoria do Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados), a secretária de Educação Marinisa Mizoguchi,  o procurador jurídico do município Alessandro Fagundes  e o secretário de Administração João Azambuja.

Segundo nota distribuída pela assessoria de comunicação da prefeitura, o prefeito propôs a “concessão do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério da educação básica de até 40 horas semanais para jornada de 20 horas semanais, com pagamento da diferença para o piso municipal, dividido em cinco parcelas anuais, iniciando-se o pagamento da primeira parcela em outubro de 2016 e assim sucessivamente, até outubro de 2020”.

Ainda conforme a versão oficial, Zauith também acordou “o encaminhamento ainda neste ano, de um projeto de lei para votação da Câmara Municipal, concedendo à categoria do grupo administrativo com funções educacionais, atualmente regidas pela Lei Complementar 117/2007, ser incluído aos demais administrativos do Grupo de Apoio à Gestão Educacional, regido pela Lei Complementar 118/2007. O referido projeto contemplará a criação de algumas novas funções”.

Além disso, o prefeito teria concordado em abrir “discussões sobre reivindicações da categoria de servidores administrativos, com alterações na Lei Complementar 118/07, que impliquem em impactos financeiros à administração municipal”, proposta que deverá ser encaminhada “para a partir de fevereiro de 2015”.

Os educadores avaliam essas propostas em assembleia agendada para esta tarde de terça-feira. Caso aprovem, a greve retomada hoje pode voltar a ser suspensa ou encerrada em definitivo.

No dia 1º de agosto representantes da administração municipal já haviam assumido o compromisso de apresentar propostas semelhantes as de hoje até o dia 15 de outubro. Esse acordo possibilitou a suspensão da greve deflagrada em julho e que deve estender o calendário escolar até o fim de dezembro.

Apesar do acordo de agosto, nenhuma proposta efetiva foi apresentada na data acordada. Isso revoltou os educadores, que tentavam audiência com o prefeito desde o dia 23 de outubro. Sem respostas, a categoria aprovou em assembleia a retomada a partir de hoje da greve na Rede Municipal de Ensino. Caso continue, a paralisação deve afetar ao menos 27 mil estudantes.

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