Membros do movimento ‘UFGD Livre’ explicam a origem e o objetivo do grupo
Conceito do grupo surgiu durante a greve de 2012, época na qual alguns problemas da UFGD se tornaram mais latentes
Com o objetivo de proporcionar um novo e mais democrático canal de discussão dentro da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), professores, técnicos e acadêmicos criaram o movimento ‘UFGD Livre’. O conceito do grupo tem origens na greve de 2012, período no qual alguns problemas da instituição se tornaram mais visíveis.
O professor Márcio Eduardo de Barros, que leciona na FCS (Faculdade de Ciências da Saúde), esclareceu à reportagem da 94FM que o grupo não é centralizado e tem como principal objetivo proporcionar a todos (funcionários, acadêmicos e sociedade), a oportunidade de conhecer o interior da universidade e assim poder detectar os problemas/falhas e posteriormente sugerir e aplicar as soluções indicadas.
Barros ressalta que a não centralização do grupo não é uma escolha aleatória, pelo contrário, é justamente fruto de um dos maiores problemas da atual administração, que segundo os membros do movimento, é centralizadora. Assim, para se opor ao conceito, no ‘UFGD Livre’ o centralismo exacerbado foi abolido.
Conforme o professor, atualmente o grupo vê a necessidade de uma remodelação na forma de construir os conselhos superiores, que atualmente não discutem os problemas da forma correta. Ainda segundo Barros, a maioria dos projetos não são discutidos na mesa, as questões são praticamente decididas nos bastidores e depois apenas “batem o martelo”.
Infraestrutura
Outro membro do movimento, o também professor Henrique Sartori, disse que os planos de expansão da universidade necessitam de uma revisão urgente. A implantação de novos cursos é umas das questões mais debatidas, tendo em vista que alguns sofrem com a falta de infraestrutura.
Um dos melhores exemplos é o curso de nutrição, que está para formar a primeira turma, mas somente agora os laboratórios serão entregues. Os alunos só não tiveram prejuízo na formação porque utilizaram, até o momento, os laboratórios de outra instituição de ensino superior da cidade.
Condições de trabalho
Outro problema apontado por Sartori é o alto índice de conflitos e instabilidades no ambiente de trabalho, que resultam em um grande número de pedidos de exoneração. Para o professor, as condições psicológicas de trabalho precisam melhorar urgentemente a fim de evitar a proliferação da insatisfação dentro da universidade, plano este que ele denomina de ‘humanização da carreira’.
Mais informações sobre o movimento podem ser obtidas no blog ou na página do ‘UFGD Livre’ no facebook.