Médicos residentes do HU cruzam os braços em protesto nacional
Médicos residentes que trabalham no HU (Hospital Universitário) de Dourados permanecem de braços cruzados durante esta quinta-feira (24) como parte de um protesto nacional. Esses profissionais que - após a formação superior - atuam na unidade hospitalar durante o processo de especialização defendem a valorização da Residência Médica no país.
A paralisação prevista para todo o dia de hoje foi definida em assembleia geral extraordinária realizada pela ANMR (Associação Nacional dos Médicos Residentes) no dia 23 de agosto. Há um descontentamento geral quanto a ações do governo federal que, segundo esses profissionais, prejudicam suas capacitações, o que reflete na qualidade do atendimento médico de modo geral no Brasil.
Uma dessas medidas do governo apontadas como responsáveis pelo descontentamento dos médicos residentes foi a promulgação da Lei dos Mais Médicos, que abriu as portas da saúde pública brasileira para a atuação de médicos formados em outros países sem a necessidade de um exame de proficiência, que serve para medir os conhecimentos de quem faz a graduação médica fora do país. As maiores críticas foram direcionadas à vinda de profissionais cubanos.
Além disso, esses profissionais alegam ser submetidos a condições inadequadas de trabalho. “O limite de trabalho pela Lei é de 60 horas por semana, mas alguns residentes são obrigados a trabalhar até 100 horas por semana. Como a bolsa não é reajustada há muito tempo quase todos os residentes têm outro emprego para complementar a renda”, argumentam. A 94 FM apurou que o valor dessas bolsas está abaixo de R$ 3 mil.
Nas imagens abaixo constam as razões do protesto realizado nacionalmente pelos médicos residentes.