Marçal diz que Executivo errou ao alterar PCCR sem ouvir servidores

O projeto enviado à Câmara pela Prefeitura de Dourados está previsto para entrar em votação no dia 16 de outubro

Marçal defende corte de metade de cargos de confiança criados pela prefeitura no início do ano (Fotos: Divulgação)
Marçal defende corte de metade de cargos de confiança criados pela prefeitura no início do ano (Fotos: Divulgação)

A discussão sobre o projeto de lei da administração municipal sobre a alteração dos PCCR's (Planos de Cargos, Carreiras e Remunerações) dos servidores da Prefeitura de Dourados dominou os discursos na sessão da Câmara Municipal de Vereadores, na noite desta segunda-feira (02). Contrário à forma como foi elaborado, o vereador Marçal Filho (PSDB) diz que o Executivo errou ao enviar o projeto para os parlamentares sem ouvir os servidores públicos municipais.

"A Lei Orgânica do município é claro e no seu artigo 85, parágrafo 4º diz que fica assegurada a participação do sindicato da classe na elaboração do estatuto e do plano de carreira dos servidores municipais", disse o vereador durante a tribuna. "Mas isso não ocorreu e agora o projeto caiu nas mãos dos vereadores para votar algo que sequer teve o consentimento dos trabalhadores", criticou Marçal Filho.

Com apitos e faixas, dezenas de servidores públicos da prefeitura de diversas categorias lotaram o plenário da Câmara. O projeto está previsto para entrar em votação no dia 16 de outubro e durante essa semana ficou decidido que os vereadores vão se reunir com representantes dos sindicatos e a prefeitura.


O PCCR está instituído pela Lei Complementar nº 11/2017 e tem como proposta estruturar a organização dos cargos em carreiras, considerada a natureza, a similitude e a complexidade das atribuições e responsabilidades inerentes.  Os servidores são contra. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Simted) diz que o projeto "age contra o direito dos trabalhadores, diminui o incentivo de capacitação e dificulta o acesso de servidores públicos de algumas funções ao incentivo, além de desvalorizar os profissionais que buscam se qualificar através de cursos, graduações e especializações".

Para alterar o PCCR, a prefeitura justificou a necessidade de economizar recursos e que a elevação do grau de instrução dos servidores deve atender o interesse da administração pública. Há situações, segundo o Executivo, com ônus ao erário público por comprovação de cursos realizados pelo funcionalismo considerados irrelevantes ao serviço público.

De acordo com Marçal, diante da crise que assola o país e em Dourados não é diferente, a administração municipal deveria economizar iniciando com o corte de, pelo menos, metade dos cargos comissionados, criados no início deste ano, com aprovação da Câmara e votação contrária de Marçal. A folha de pagamento aumentou mais de meio milhão por ano com a criação de cargos e aumento de salário de comissionados de confiança.

Comentários
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  • Rogério

    Rogério

    É só diminuir os DGA que resolve,engraçado é só os concursados que oneram a folha? os DGA não.

  • SANTOS

    SANTOS

    MAIS ESSA AGORA,DEPOIS DE 03 ANOS SEM AO MENOS A REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO ANUAL. ENGRAÇADO QUE A DONA PREFEITA VOTOU A FAVOR E AGORA QUER FAZER UM SERVIÇO DESSES?QUER ECONOMIA CORTE JA SEUS CARGOS DGA!!!!! NAO VENHA TIRAR DIREITO DOS TRABALHADORES JA CONQUISTADOS POIS ISSO NÃO É ECONOMIA.TODOS QUE SE CANDIDATOU NA CHAPA 22 ESTAO EMPREGADOS E COM SALARIOS GORDOS.VOTEI NA SENHORA E NAO VOTO MAIS E ACREDITO QUE NENHUM SERVIDOR!O PIOR É QUE A CAMARA AINDA É 10 CONTRA 11...VEREMOS AGORA QUEM SERA NOSSOS VEREADORES!PARABENS MARÇAL POR DIVULGAR.

  • geovani caetano vieira

    geovani caetano vieira

    o nobre vereador tem toda razão, deveria começar a economia pelo corte dos cargos de confiança,que muitas vezes naõ são necessarios ao bom funcionamento dos serviços públicos.