Justiça aceita denúncia do MPE e acusados viram réus pela morte de médico em Dourados
Denúncia do MPE por homicídio qualificado consumado, tortura e furto qualificado deve resultar em julgamento pelo júri popular
A pedido do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, o Juiz de Direito Ricardo da Mata Reis, recebeu a denúncia em desfavor de Bruna Nathalia de Paiva, de 29 anos, Guilherme Augusto Santana, 34, Keven Rangel Barbosa, 22, e Gustavo Kenedi Teixeira, 27, todos acusados pela morte do médico Gabriel Paschoal Rossi, morto aos 29 anos em julho deste ano no município de Dourados.
Com efeito, os acusados viram réus no processo e responderão por homicídio qualificado consumado, tortura e furto qualificado. Sendo assim, o processo será julgado pelo Tribunal do Júri.
Na ação penal, em que se apresenta a denúncia em desfavor dos três acusados, o MPMS por meio da 14ª Promotoria de Justiça da comarca de Dourados, entendeu que o crime foi perpetrado mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima, “uma vez que G.P.R foi atraído até o local onde se encontravam os algozes, em superioridade numérica, rendido com as armas de pressão e imobilizado”.
O Ministério Público alegou, ainda, que os denunciados Guilherme Augusto Santana, Keven Rangel Barbosa, e Gustavo Kenedi Teixeira agiram a mando e sob as coordenadas da ré Bruna Nathalia de Paiva, todos previamente em combinação, e após terem torturado o médico subtraíram um aparelho celular Iphone 11 para a codenunciada como mandante.
Crime planejado
De acordo com as investigações, o médico Gabriel e Bruna se conheciam há algum tempo e estavam envolvidos em um esquema ilícito, caracterizados como golpes de transações bancárias. Sucede que, em determinado momento, resultou em uma animosidade decorrente de uma dívida da denunciada para com a vítima, no valor de R$ 500.000, decorrente das negociatas que firmaram outrora.
Ao que se apurou, Bruna não estava disposta a repassar o valor cobrado pelo médico, e este ameaçou entregar o esquema criminoso, pois detinha elementos para tanto. Assim, temendo ser descoberta, a acusada tomou a decisão de ceifar sua vida. Nessa linha, contratou os outros três réus, todos residentes da cidade de Pará de Minas, no interior de Minas Gerais. Dessa forma, premeditou o delito, elaborou uma trama criminosa complexa, a qual acompanharia de perto, para garantir o sucesso do evento delinquente.