IPTU chega em 2015 desejando um feliz ano novo, será?
Obviamente, nenhum aumento de imposto é bem visto e muito menos bem vindo pela população, principalmente quando os valores pagos à prefeitura não são revertidos em investimentos para o município e nem para o povo. A revolta para os douradenses é que, dos 19 vereadores do município, 14 representantes do povo foram favoráveis ao aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que terá efeito em 2015, atendendo a solicitação da prefeitura.
Em trecho do projeto de lei enviado pela prefeitura aos vereadores, a prefeitura assegura que está “atendendo o interesse público e promovendo as alterações e adequações necessárias”. Ainda de acordo com a prefeitura, “os valores se encontram em desequilíbrio nas várias regiões de nossa cidade, em prejuízo da efetiva prática de justiça fiscal”.
Os reajustes dependem da localização, do bairro, tipo, do tamanho e valorização do imóvel. De acordo com o advogado Florisvaldo Souza Silva, no exercício 2012 a 2013 houve uma indignação em massa relativa ao aumento estratosférico do IPTU. “Há casos aqui no escritório de residências que sofreram uma majoração em 100%, em outro caso sofreu reajuste em aproximadamente 500%. Um verdadeiro absurdo”, dispara.
Nos comentários em matéria anterior divulgada pela 94FM sobre o assunto, os leitores demonstram "que não são contra o pagamento dos impostos, desde que seja notório o retorno. “Isso é Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil! Só imposto em cima de imposto, se pelos menos tivesse alguma coisa bem feita na cidade até que poderia valer a pena”, escreveu o leitor Bernardo. Já a internauta Wanda reclamou da bagunça que estão as ruas. “Uma pouca vergonha a bagunça que esta as ruas de dourados e querem aumentar os impostos ridículo (sic)”.
O IPTU cai em uma conta única e se soma ao conjunto de recursos com os quais a Prefeitura financia todas as suas atividades. Ou seja, o valor arrecadado pode ser destinado para todos os demais serviços ofertados pelo município, como escolas, hospitais, apoio cultural, etc. Apesar do aumento do ano passado – que chegou a 400% em alguns bairros – os serviços oferecidos pela prefeitura continuaram precários, o que faz a população questionar o aumento abusivo e a aplicação dos recursos.