HU-UFGD desativa caldeiras e vai economizar R$ 600 mil por ano
Um investimento total de R$ 65 mil reais para gerar uma economia anual de R$ 600 mil. Esses valores se referem a uma adequação na lavanderia do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), que consistiu na conversão do sistema de aquecimento das máquinas secadoras de roupas: em substituição ao vapor gerado por caldeiras, está sendo utilizado agora o GLP (gás liquefeito de petróleo).
As antigas caldeiras, tinham altos custos de operação e manutenção, e sua utilização não chegava a 15% da capacidade total. Mas, além da economia mensal de R$ 50 mil, a mudança também apresenta outros benefícios, como o aumento da eficiência das máquinas, que resulta na redução de 40% no tempo de secagem das roupas.
Com o antigo sistema, o tempo de secagem de uma carga de 100 Kg de roupas ficava em torno de uma hora e 20 minutos. Agora, o mesmo processo leva menos de 50 minutos. Por dia, a lavanderia do HU-UFGD processa uma média de 1,5 mil Kg de roupas.
A decisão de desativar as caldeiras e converter o sistema das secadoras para o GLP foi resultado de um estudo criterioso. “O vapor era utilizado exclusivamente para o processo de secagem das roupas, o que não representava nem 15% da capacidade das caldeiras. Nós avaliamos a possibilidade de utilizar vapor em outros processos, de outros setores, o que demandaria diversas adequações estruturais, com investimento elevado. E mesmo que estendêssemos o sistema para todos os locais possíveis do hospital, ainda assim, usaríamos muito pouco da capacidade das caldeiras”, explica o engenheiro mecânico do HU-UFGD, João Fernandes Guimarães Júnior.
A economia financeira gerada pela desativação das caldeiras é resultado de uma soma de custos necessários para mantê-las funcionando, como os gastos com mão de obra específica para a operação, com a própria manutenção rotineira do maquinário, inspeções anuais obrigatórias, tratamento da água utilizada e o desperdício da água. Ao mesmo tempo, diminuiu o consumo do próprio GLP, que já era o combustível utilizado para acionar as caldeiras. Além disso, será possível programar nova destinação para o espaço físico liberado com a remoção dos equipamentos desativados.