Homem de 43 que sofre de epilepsia reclama da falta de medicamentos nos postos de saúde
Antônio Eugênio já sofreu vários acidentes em virtude das crises. Além disso, ele precisa cuidar da esposa que sofreu um AVC
O ex-tratorista Antônio Engênio Aréco Cardoso, 43 anos, morador do Estrela Rori, em Dourados, tem passado por sérios problemas nos últimos 60 dias. Ele sofre de epilepsia e desde o final de dezembro de 2013 reclama que a saúde pública de Dourados não está fornecendo os medicamentos que precisa tomar para controlar as crises convulsivas.
Cardoso explica em 2004 foi diagnosticado com o problema neurológico e desde então foi afastado do trabalho. Então há 10 anos ele precisa tomar diariamente os medicamentos Tegretol 400 e Depakote 500, que custam em média, nas farmácias de Mato Grosso do Sul, R$ 31,60 e R$ 73,06 respectivamente.
Como consome pelo menos duas caixas de cada medicamento por mês, o custo total seria de R$ 209,32 a cada 30 dias. Assim, Cardoso explica que é impossível comprar os medicamentos do próprio bolso, tendo em vista que sua renda mensal é de um salário mínimo (R$ 724), oriunda da aposentadoria por invalidez paga pelo INSS.
Sem os medicamentos, Cardoso relata que as crises convulsivas se tornaram mais frequentes e atualmente ocorrem em duas vezes ao dia. Em uma das ocasiões, enquanto fazia o almoço, teve uma crise e acabou se machucando seriamente, cortou a testa e queimou o pescoço. Além deste, já sofreu outros acidentes em virtude da falta do medicamento.
Mas os problemas não param por ai, se não bastasse a epilepsia, a esposa de Cardoso, Geralda Pereira dos Santos, 58 anos, sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) há um ano e quatro meses e ficou com o lado esquerdo do corpo paralisado. Hoje ela depende totalmente dos cuidados do marido, que devido às crises, está tendo dificuldades para dar o devido cuidado à esposa.
A reportagem da 94FM entrou em contato com a prefeitura para questionar a situação, porém, até o fechamento deste texto a prefeitura não havia se manifestado.