Greve dos bancários entra no 2º dia com 100% de paralisação em Dourados
A greve dos bancários, deflagrada em todo o país, entra nesta quarta-feira (7) no segundo dia consecutivo. Conforme o sindicato local da categoria, que congrega 13 municípios da região, Dourados teve 100% de adesão à paralisação no primeiro dia.
O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região divulgou que ontem, além da massiva adesão à greve verificada em Dourados, houve paralisação de atendimentos no Banco do Brasil de Fátima do Sul e de Jatei. Já em Nova Alvorada do Sul foram os funcionários da Caixa Econômica Federal que cruzaram os braços.
Conforme os trabalhadores, em toda a região abrangida pelo sindicato 29 agências foram fechadas já no primeiro dia da greve. A expectativa da categoria é aumentar a adesão ao movimento grevista a partir de hoje.
“A base da entidade é composta por 13 municípios e, a partir desta quarta-feira, segundo dia da greve, é esperada novas adesões a paralisação. Como é comum em todos os anos, a greve vai numa crescente e já temos informações de novas agências que não abrirão as portas nesta quarta-feira em cidades da nossa base (sic)”, informou Janes Estigarribia, presidente do Sindicato de Dourados e Região, através do site da entidade.
De acordo com o sindicato local, “o primeiro dia de paralisação aconteceu sem nenhum incidente, já que a população foi informada com antecedência e, de forma geral, apóia o movimento que luta não apenas pela categoria, mas, também, por melhores condições de atender a contento a própria sociedade. Entre as reivindicações da categoria está a contratação de mais funcionários, justamente para atender esta demanda”.
Em todo o Brasil, das 22.975 agências de bancos públicos e privados, além dos centros administrativos, 6251 paralisaram as atividades na terça-feira, primeiro dia da greve dos bancários. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, a greve é uma "resposta dada a intransigente e provocativa proposta apresentada pelos banqueiros na última rodada de negociação".
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) propôs reajuste salarial de 5,5% aos bancários. Mas a categoria criticou o índice, classificado como “rebaixado” por estar abaixo até mesmo da inflação medida no período, de 9,88%. Os trabalhadores reivindicam, entre outros itens, aumento de 16%.