Fluxo para diagnóstico de sífilis é debatido no HU-UFGD

Gestores do hospital e coordenadores da Secretaria Municipal de Saúde de Dourados se reuniram para definir a sequência de manejo sobre a doença

  • Assessoria/Ebserh
Foto: Divulgação/HU-UFGD
Foto: Divulgação/HU-UFGD

Em 24 de maio, no Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), filiado à Ebserh, aconteceu uma reunião sobre Fluxos Assistenciais entre a Rede Municipal e o hospital para Diagnóstico de Sífilis Gestacional, Tratamento e Seguimento do Neonato.

A reunião foi realizada entre gestores do HU-UFGD e coordenadores da Secretaria Municipal de Saúde de Dourados, no período da manhã, com a apresentação dos participantes sobre o tema. Essa estratégia visa a interlocução entre as partes presente para definir um fluxo de manejo para a Sífilis Gestacional e Congênita no Município de Dourados, com extensão aos municípios que contemplam a macro e microrregião, tendo visto o alto número de notificações, acompanhamento no pré-natal, exames laboratoriais, internações, tratamento e seguimento para a Sífilis.

“Durante o encontro foram discutidos pontos como: retomada do Grupo de Trabalho da Sífilis, no Pré-natal foi identificado falta de notificação de sífilis gestacional, preenchimento incompleto no registro na caderneta da gestante, pré-natal tardio, dificuldade do histórico de exames laboratoriais, diagnóstico, tratamento e acompanhamento gestacional inadequado, citado que os profissionais que compõem a Atenção Básica utilizam a última versão publicada do Ministério da Saúde (PCDT atualizado da Transmissão Vertical para HIV, Sífilis e Hepatites Virais – 2ª edição revisada 2022) e solicitação de uma padronização de condutas na notificação e tratamento das gestantes e neonatos do HU-UFGD, a necessidade urgente de anotações claras quanto ao tratamento ofertado, sinalizado na Caderneta da Gestante e no Sumario de Alta do recém-nascido, constando a prescrição médica da dose prescrita e as datas que já foram administradas, para continuidade do tratamento na Policlínica de Atendimento Infantil (PAI) e seguimento no SAE/CTA de Dourados”, explica Fuad Fayez Mahmoud, chefe do Setor de Gestão da Qualidade , um dos participantes da reunião.

Também foram alinhados os seguintes encaminhamentos: levantamento estimativo de gestantes notificadas paras sífilis no Município (série histórica), planejamento do HU-UFGD quanto aos insumos e custos para a centralização dos exames, incluindo esses quantitativos dentre os 28.000 exames contratualizados com o município de Dourados, ação de sensibilização dos profissionais quanto a importância da notificação compulsória para Sífilis Gestacional quando houver diagnóstico, utilização da plataforma digital SALUS (Sistema de Atenção e Vigilância em Saúde) pelos profissionais que prestam assistência a gestante, com extensão ao HU-UFGD para utilização durante os períodos de atendimentos e parto, com isso garantindo o histórico de exames, notificações, tratamento e monitoramento do seguimento, articular com a Atenção Básica a priorização do atendimento e exames de gestantes, garantindo o diagnóstico e tratamento precoce, diminuindo as complicações ao neonato, garantir um acesso mais rápido no Guia Eletrônico do Sistema de Regulação (SISREG) no agendamento das demandas pertinentes que a gestante necessita durante o acompanhamento do pré-natal, definir um protocolo institucional para Sífilis Gestacional e Neonatal atendendo as normais do Ministério da Saúde estendendo a padronização na rede municipal e hospitalar no protocolo institucional, informado em reunião que não está tendo falta dos mesmos, enviar um Ofício aos gestores da Macro e Microrregião para aquisição de fármacos para o tratamento da sífilis congênita neonatal, possibilitando a alta dos pacientes de outros municípios para o término do tratamento na cidade de origem, diminuindo o período e internação no HU-UFGD e garantindo o bem-estar da família em finalizar o tratamento em seu município, entre outras ações.

A próxima reunião ficou agendada para 14 de junho de 2023, nas dependências do hospital para avaliação dos resultados obtidos e alinhamento de ações, se forem necessárias.

 A Rede Ebserh

Desde setembro de 2013, o HU-UFGD é vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Ligada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.

Essas unidades hospitalares, que pertencem a universidades federais, têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.

Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde das regiões em que os hospitais estão inseridos, mas se destacam pela excelência e vocação nos procedimentos de média e alta complexidades.

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