Família denuncia que falta de energia casou morte de idosa no Hospital da Vida
Direção do hospital nega que a morte da idosa tenha vínculo com o blecaute
Logo após um blecaute que atingiu alguns setores do Hospital da Vida ontem (18), a idosa Maria Dantas Vidalgo, 84 anos, veio a óbito. A família atribui a morte a falta de energia, pois alegam que o gerador não funcionou e assim os aparelhos a mantinham respirando deixaram de funcionar.
Segundo familiares, a idosa foi internada na noite de sábado (16), após sofrer um infarto. Desde a internação a família tentava colocá-la na UTI, mas somente ontem conseguiram uma vaga no Hospital Evangélico. Porém, a transferência não foi efetivada por falta de ambulância.
A família relatou à redação que a falta de energia em alguns setores do hospital começou por volta das 15h30 e durou até 19h30. Uma amiga da vítima contou que minutos depois que o fornecimento foi restabelecido, uma enfermeira foi até a família e comunicou a morte da idosa.
Contudo, amigos e familiares acreditam que a idosa tenha morrido logo após o início do blecaute, mas por algum motivo a equipe responsável pela paciente ocultou a informação.
Um dos netos da idosa garantiu que a família não deixará o caso impune. “Isso não se faz, é uma falta de respeito com o cidadão. É uma vergonha a saúde da segunda maior cidade do estado estar nesta situação. Mas eles mexerem em um vespeiro, nós não vamos deixar passar batido e não vamos contribuir com a impunidade”, disse.
Direção do hospital
A redação entrou em contato com a direção do Hospital da Vida a fim de averiguar as informações. De acordo com Orlando Martelli Filho, a falta de energia ocorreu devido a um problema externo, na rede de energia, cuja responsabilidade é da Enersul.
Porém, contrariando a família da idosa, o diretor garantiu que instantes após o início do blecaute os geradores entraram em funcionamento e mantiveram em funcionamento todos os equipamentos críticos necessários para a manutenção da vida dos pacientes. Apenas algumas áreas ficaram sem iluminação, mas os aparelhos não foram desligados, segundo alega o diretor.
Ainda conforme a direção, a morte da idosa não tem vínculo com a falta de energia.